Minha Clementine…

De tempos em tempos, somos surpreendidos por alguma experiência interativa que pode ser considerada um jogo ou não, que pode ser boa ou não, mas que acima de tudo, nos marca de uma forma irreversível. E é assim que a Telltale nos entrega o episódio final da segunda temporada de The Walking Dead, “No Going Back”.

Alguém por quem se importar

O final ideal da temporada será aquele que melhor refletir o quanto o jogador se envolveu com aqueles personagens

Depois do “impasse mexicano” no qual nos encontramos no final do episódio 4, chegamos a um desfecho simplório da situação, apenas para nos colocar nos trilhos da montanha russa de emoções que é este episodio final, ou não. A empatia com os personagens, a emoção que eles transmitem, suas reações às nos escolhas e como tudo nos afeta durante o jogo depende muito da forma como nos identificamos com eles.

Talvez você tenha um amigo como Luke, uma irmã como Jane, um tio como Kenny ou um bebê indefeso como A.J. e isso fará toda a diferença na sua experiência. Diferente dos episódios anteriores desta temporada, agora temos um objetivo claro na jornada, além de apenas sobreviver. Em dado momento, também vemos os personagens em torno de uma fogueira se colocando em um diálogo um tanto quanto constrangedor mas que contribui para a empatia dos personagens.

Siga seu caminho

Não temos nenhuma novidade com relação à jogabilidade, o que é uma pena, pois pode gerar um sentimento de que já vimos tudo que tínhamos para ver nessa fórmula.

Seguindo a tendência de todos os episódios da segunda temporada, a exploração dos ambientes é minima, buscando tornar a jornada o mais linear e direta possível. Além disso, o game demonstra, através dos diálogos, ações e reações dos demais personagens, as afinidades e desafetos construídos com o jogador na pele de Clementine durante todos os capítulos da série.

Sem sombra de dúvida, esse é o episódio onde mais notamos nossas escolhas fazendo diferença na relação com os demais integrantes do grupo. Não temos nenhuma novidade com relação à jogabilidade, o que é uma pena, pois pode gerar um sentimento de que já vimos tudo que tínhamos para ver nessa formula de adventures da Telltale.

Um final emocionante

Fizemos amizades, inimigos, conhecemos personagens interessantes, irrelevantes, nos apegamos a uns e aplaudimos a morte de outros. Ao fim desta jornada, nos deparamos com as decisões mais difíceis de toda a série.

Diferente da temporada anterior, aqui nossas escolhas podem culminar em seis finais diferentes, cada qual com sua carga dramática. Independente das opções feitas, o final ideal da temporada será aquele que melhor refletir o quanto o jogador se envolveu com aqueles personagens. Aquele que melhor refletir a sua Clementine. Emocionante!

Este jogo foi analisado no Xbox 360.