O NGP testou Mirror’s Edge Catalyst na BGS, onde também vimos um vídeo revelando alguns detalhes da história e do universo do jogo. Nessa sequência, voltamos à cidade cheia de prédios e cores vibrantes que tornaram o visual do primeiro jogo tão característico. Como meu tempo era contado, eu não tive a chance de apreciar melhor o cenário, agora ainda mais belo com o uso da engine Frostbite.

A história assume um tom mais épico, onde Faith é apontada como a responsável pelas mudanças que ocorrerão na cidade, que é controlada por uma inescrupulosa organização encabeçada por Gabriel Kruger (se existe alguma ligação com Pirandello Kruger do primeiro jogo, ainda há de ser revelado). Um novo grupo, chamado Black November, se opõe às autoridades e é considerado por muitos uma célula terrorista. O grupo de Faith, os Runners, ainda são tolerados por serem considerados peões descartáveis, fazendo o trabalho sujo do governo. A história do primeiro não foi tão explorada como poderia, então fico na torcida para que trabalhem melhor nessa área dessa vez.

Movimento é tudo

Mirrors Edge

Uma das coisas destacadas no vídeo é como o movimento constante de Faith é importante para o gameplay do jogo. A personagem agora sempre correrá , aumentando sua velocidade se não trombar com algum obstáculo. Enquanto ela estiver nesse “fluxo” de movimentos constantes, Faith será imune aos ataques de seus inimigos. Em primeira instância achei que isso deixaria o jogo mais fácil, mas como o jogador não poderá usar as armas de seus inimigos, correr é a única defesa que o jogador terá contra as adversidades do jogo.

Falando em inimigos, eles ganharam uma variedade visual maior ao invés de todos serem uma fotocópia do mesmo modelo. Não tive a chance de assimilar suas diferenças dentro do gameplay, mas já pude perceber como o combate desajeitado  contra eles no primeiro jogo foi aprimorado na sequência. Sem precisarem se preocupar com os comandos de Faith com as armas, os desenvolvedores puderam dar o enfoque necessário para manter o combate fluído como toda a movimentação do jogo. Com uma variedade maior de golpes e combos, lutar contra os inimigos ficou muito mais fácil e prazeroso, ao invés da sequência de tentativas e erros do primeiro jogo.

Os comandos no geral ficaram mais simplificados, onde há um gatilho inferior para movimentos como agachar e deslizar, e um superior para pular, escalar e executar wallruns. Há apenas um botão para golpes físicos onde os combos também já desarmam o oponente.  Aprender esses comandos foram ainda mais simplificados por conta das intruções que a HUD dava, agora muito mais funcional e eficiente. Todos as paredes a serem escaladas, todos as portas a serem abertas vão mudando para a cor vermelha gradativamente conforme eu vou progredindo pelo nível, deixando eu sempre saber por onde eu devo ir, sem perder o ritmo.

Um mundo inteiro para explorar.

mirrorsedge

Uma das novidades de Catalyst é a de abandonar a linearidade do seu primeiro jogo e deixar o jogador livre para explorar a cidade inteira. Não explorando apenas os telhados dos edifícios, mas como também o interior de alguns deles. O mapa aparentava ser grande e dividido entre vários distritos. Como um mundo aberto, o jogo tem, além das missões principais, itens a serem coletados e side missions com objetivos variados.

A primeira que eu joguei foi uma corrida de um ponto até outro, com a pontuação dependendo do tempo levado para completar o nível. Algo parecido com os timeruns do primeiro jogo. O segundo foi uma missão de entrega, onde eu coletada um pen drive e precisava entrega-lo em outro canto do mapa, com o detalhe que todo o caminho estava infestado de inimigos armados. Por último (e o meu favorito) foi a missão de hacker um outdoor, que consistia em puramente fazer uma série de manobras para alcançar o topo do prédio, mas trazendo aquela sensação de puzzle que o primeiro jogo fazia tão bem. Não era apenas quais movimentos fazer, mas quando e como fazer.

Minha única preocupação é se esses desafios serão variados o suficiente para fazer valer meu desvio da campanha principal. Um erro frequente que cometem em um mundo aberto é o de não se preocupar com o que o jogador fará fora das missões principais, onde um apanhado de tarefas repetitivas pode tornar a experiência monótona.

Nesses últimos tempos o mercado foi inundado por uma leva de jogos de mundo aberto, mesmo de franquias sem tradição nesse tipo de jogo. Os resultados variam dependendo de quem você pergunta, mas Mirror’s Edge parece um casamento perfeito com a dinâmica de um mundo aberto. Com comandos dinâmicos e uma selva de concreto inteira para ser explorada ao seu bel prazer, Catalyst tem o potencial de apagar os defeitos de seu predecessor, mas mantendo o que o tornou tão único em nossas lembranças.

Mirror’s Edge Catalyst será lançado dia 26 de fevereiro para PS4, Xbox One e PC.

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