Uma mudança que já está mais do que consolidada no mercado internacional chegou agora também ao Brasil. De acordo com uma pesquisada realizada pela Sioux e pela Blend New Research, os celulares e tablets são hoje a plataforma mais usada pelos gamers brasileiros, com 82,8% de preferência. Os PCs, então, ficaram para segundo lugar, com 71,3%, enquanto os consoles ficaram em terceiro, com 56,2%.
Isso não significa que está ocorrendo uma troca de um aparelho por outro. Segundo o estudo, o perfil do jogador brasileiro cada vez mais é multiplataforma, com 78,6% dos entrevistados afirmando que utilizam mais de um dispositivo para jogar. A diferença é o local onde tudo acontece, já que para os entrevistados, filas, trânsito ou transporte coletivo é onde rola a jogatina mobile, enquanto os consoles e PCs ficam para os momentos de lazer em casa.
Outro dado que apresentou mudança significativa em 2014 foi a quantidade de mulhares jogando, que cresceu. Em 2013, elas eram 41% dos gamers e, agora, são 47,1%, principalmente na faixa etária entre os 25 a 34 anos. Apesar disso, menos de 10% das entrevistas se afirmaram como “gamers de verdade”, enquanto a esmagadora maioria diz jogar apenas casualmente e, nesse ensejo, contribui para a ampla fatia ocupada pelos smartphones e tablets no mercado.
Em mais um dado interessante, nenhum dos pais entrevistados pelas organizações afirmaram se opor quando os filhos querem jogar video game, desde que, claro, isso aconteça de forma supervisionada. 82% disseram compartilhar o joystick com os pequenos enquanto 61% afirmaram manterem controle absoluto sobre o que é comprado ou baixado, tanto nos consoles quanto nos PCs ou plataformas móveis. Para os pesquisadores, esses números positivos se devem ao fato de os responsáveis de hoje serem os gamers dos anos 80 que, sendo assim, sabem bem como tudo funciona.
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Entre os consoles, o Xbox 360 continua sendo o campeão de penetração no Brasil, com 42,9% dos usuários brasileiros. Em segundo lugar ainda está o PlayStation 2, com 38,9%, seguido pelo PS3, que vem com 30,3%. Já as plataformas de nova geração apresentaram números sólidos, com 10,4% de PS4 entre o público brasileiro, 7% de Xbox One e 2,2% de Wii U.
Houve crescimento, também, nas vendas de produtor pelo varejo tradicional, com 63,9% dos entrevistados afirmando preferirem a distribuição oficial de títulos e aparelhos. Isso se deve ao maior suporte, garantia e, principalmente, opções de parcelamento, que muitas vezes acabam compensando os preços mais altos.
Por outro lado, o mercado digital ainda engatinha por aqui. Apenas 7,6% dos jogadores entrevistados afirmaram comprar games por meio da PSN ou Xbox LIVE, enquanto mais de 52% ainda preferem adquirir seus games em lojas físicas. Isso também motivou um crescimento no sucesso dos jogos usados, com 45% se dizendo atraídos pelos preços mais baixos e possibilidade de troca por games que não jogam mais.
Nos celulares, a plataforma mais usada pelos brasileiros é o Android, com mais de 75% dos jogadores. Em segundo lugar está o iOS, com 11,1%, seguido do Windows Phone, em terceiro, com 7%. Mesmo com tais números dominantes para o sistema operacional do Google, porém, a Apple (33,6%) permanece empatada com a Samsung (33,2%) em termos de percepção sobre qual delas é a melhor. O preço, então, acaba sendo o fator definidor por aqui.
E nos PCs, finalmente, é claro que deu Windows. A versão 7 do sistema operacional aparece em 44,2% das máquinas em operação, enquanto o 8 apresentou grande crescimento e chegou a 33,9%. Os notebooks, porém, aparecem à frente dos PCs como a plataforma mais usada para jogar, com 60,1% de penetração. Aqui, também há preferência por cópias físicas, com apenas 7% dos entrevistados afirmando usar o Steam enquanto mais de 74% dizem preferirem o varejo tradicional ou online.