Todos sabem dos problemas financeiros da Nintendo, comas baixas vendas do Wii U e a dificuldade de reverter uma situação que já se estende desde o início da atual geração. Sob a gestão do CEO Satoru Iwata, a empresa vem passando por um período de transição que teve seus primeiros frutos exibidos durante a E3 2014, com uma robusta oferta de jogos próprios liderada por grandes games como Mario Kart 8 e Super Smash Bros.
Por trás dos panos, porém, a coisa ainda está bastante complicada. De acordo com informações publicadas nesta terça-feira (5) pelo Business Journal, a diretoria da empresa estaria sendo pressionada frequentemente por seus acionistas por uma entrada no lucrativo mundo mobile. Iwata seria o principal responsável por essa recusa, afirmando que os títulos da companhia devem continuar atrelados a seu hardware proprietário e que eles só são fortes quando disponíveis nos consoles da empresa.
E é aí que está a treta. Os acionistas e o quadro de diretores da companhia estão começando a culpar Iwata pessoalmente pelos números negativos que a Nintendo vem registrando. Mesmo com sua recente reeleição para o cargo de CEO, o Business Journal especula que a gerência da empresa poderia retirá-lo desse posto em breve, substituindo-o por alguém mais adequado às visões de negócios do grupo.
Nenhuma das informações foi confirmada oficialmente pela empresa. Sabemos que a Nintendo está, sim, de olho nos smartphones, mas já afirmou que não está desenvolvendo jogos para essa plataforma, e sim, outras propostas que aumentem o engajamento dos jogadores com os consoles da marca.
Recentemente, problemas de saúde deixaram o CEO Satoru Iwata de fora da E3 2014. Ele apareceu na feita apenas em gravações, participando da conferência digital da companhia e protagonizando, ao lado do presidente da Nintendo americana, Reggie Fils-Aime, de um dos momentos mais divertidos da feira.