A Tokyo Game Show ocorreu entre os dias 18 e 21 de Setembro, no espaço Makuhari Messe, em Chiba; mesmo local onde aconteceram as edições anteriores. A feira é sempre famosa não apenas por revelar novidades de suas principais atrações para o mercado japonês – cuja produção é, na maioria das vezes, feita exclusivamente na Terra do Sol Nascente – mas também por abordar temáticas distintas em cada uma de suas edições. Desta vez, o assunto retratado foi “Changing Games: The Transformation of Fun”, referindo-se a tecnologia dos jogos de nuvem e como esta fusão com a internet pode renovar o mercado.
Com conferências transmitidas pela internet, demonstrações dos jogos ao vivo, debates com figuras importantes da indústria e incontáveis revelações dos jogos expostos, o evento foi tido por alguns como uma pérola a brilhar no horizonte, como a muito não se via na vertente de eventos internacionais. Para a Equipe do New Game Plus, a opinião ficou um tanto dividida. Ainda assim, alguns jogos exibidos foram o suficiente para embarcamos no Hype Train. Confira nossas expectativas com os jogos que mais nos chamaram atenção!
Felipe Demartini
“Resident Evil: Revelations 2”: Como fã antigo de Resident Evil, não tem como não se empolgar com o retorno da franquia ao Survival Horror. Por mais que a gente tenha ficado sabendo que essa volta pode ser temporária, a Capcom mostra mais uma vez que ainda sabe fazer um jogo do jeito que a gente gosta, com uma jogabilidade rápida, mas ainda assim, capaz de assustar. Essa é a sequência do meu jogo favorito da série, então, vamos esperar que ela faça jus a isso.
“Silent Hills”: Como eu costumo dizer, gosto de filmes/séries/jogos que “mexam comigo”, mesmo que de forma negativa. E fazia algum tempo que eu n passava um perrengue na frente de um video game como passei jogando P.T., a demo de Silent Hills. Com o novo conceito do jogo, deu pra ver que as mesmas ideias insanas vão estar presentes no título completo, e eu mal posso esperar para me assustar de novo. Só espero que, como já conversamos, Kojima e Del Toro não pirem errado de novo e apostem em ideias que não fazem sentido algum para gente normal, transformando a experiência em frustração.
Durval Ramos
Embora eu não tenha acompanhado a TGS deste ano tanto quanto gostaria, ele foi muito especial para mim por ter sido o retorno da série Final Fantasy ao papel de protagonista de um evento. A Square Enix conseguiu colocar o nome de sua principal franquia na lama e, ao longo dos últimos anos, eu sentia falta de me empolgar com um novo título da série. Assim, a notícia de que “Final Fantasy XV” não só vai ganhar uma demonstração em breve, como as novidades sobre seu desenvolvimento e, principalmente, as imagens e vídeos divulgados fizeram com que eu voltasse a me sentir um garoto que folheava as revistas de jogos nas bancas querendo saber mais sobre aquele jogo japonês com gráficos tão incríveis.
Pode ser um clichê dizer que o campeão voltou ou qualquer outra coisa que o valha, mas não há como negar que o retorno de Final Fantasy ao seu devido lugar de destaque é um motivo para comemorar.
Ana Hiwatari
“Resident Evil: Revelations 2”: Assim como o Demartini, eu também sou fã e gostei dessa pegada mais Survival Horror que o game promete. Eu sempre digo que ainda acredito na Capcom e isso mostra que minhas esperanças não estão mortas. Capcom, vai na fé e não me desaponte!
“The Evil Within”: Sei que o jogo está chegando, já tem material a rodo, mas eu simplesmente amei o novo trailer lançado no evento. Aquela música calma no começo, só para depois aparecerem um monte de monstros, só serviu para aumentar ainda mais meuhype por esse jogo. Eu fiz sacrifícios para comprar Resident Evil 6, agora The Evil Within pode me fazer juntar minhas economias e comprar esse game.
“Dragon Ball: Xenoverse”: Sou muito fã de Dragon Ball e o fato de eu poder criar um personagem para lutar ao lado de Goku, Gohan, Trunks, Vegeta e toda a turminha da pesada e ainda poder “mudar” a história, poxa, é demais! Eu sei que pode não ser o jogo do ano, mas eu adoro Dragon Ball e estou muito ansiosa.
Jessica Pinheiro
Dentro do meu tempo disponível, acompanhei a Tokyo Game Show deste ano com afinco. É um dos eventos que eu mais gosto, e me posiciono no time que curtiu o evento como um todo. Por conta de ter me envolvido tanto nesse acontecimento, é inevitável não mencionar bizarrices, como o estande de demonstração do novo título da franquia “Oneechanbara”, onde os displays com os joysticks eram posicionados dentro dos seios da personagem (é…); ou a revelação de que o famigerado “Metal Gear Collection” não é uma coletânea de jogos, mas sim uma linha da roupas inspiradas na franquia… Além de um apoio para iPhone cujo formato é o design do braço mecânico do Big Boss no “MGSV: The Phantom Pain”.
Mas deixando um pouco desse lado exótico de lado, havia muitos jogos exibidos dos quais gostei. Dentre meus favoritos que estavam lá no evento estão: “Tales of Zestiria”, “Metal Gear Solid V: The Phantom Pain” e, por fim, “God Eater 2: Rage Burst”.
“Tales of Zestiria”: me empolgou porque será provavelmente o último da franquia a ser lançado para o PlayStation 3 e, ao mesmo tempo, será uma importante aposta a ser feita para quando a série desembarcar na nova geração. Digo isso, pois pela primeira vez o sistema de batalhas sofrerá uma drástica mudança, passando a ser totalmente em 3D, libertando-se enfim do clássico sistema linear, em 2.5D. O jogo promete ainda batalhas em tempo real, sem a também clássica trinca de tela, e a volta às raízes, com temáticas e tramas cheias de fantasia.
Gostei muito de Metal Gear Solid V: The Phantom Pain”, embora eu seja suspeita pra falar, pois sou fã da série. O título promete uma experiência totalmente nova na franquia. Vejo como uma expansão deveras ambiciosa de Metal Gear Solid: Peace Walker. Além de ser continuação do título em questão, agora teremos um enorme mundo aberto para explorar, incontáveis missões para cumprir, personagens e animais (D.D. ♥) que podem ser recrutados e possuem seus devidos side-stories (e se morrerem será pra sempre, embora isso não afete a história principal), além é claro que prosseguir com a trágica jornada de Big Boss.
“God Eater 2: Rage Burst” é outro título do qual sou fã. O que mais me chamou atenção e aumentou minhas expectativas foi a possibilidade da arma usada no game, a God Arc, agora se transformar em qualquer forma que o jogador desejar. Antes, elas possuíam uma forma física única (espada ou pistola), e o jogador tinha que escolher apenas uma delas. Além disso será possível enfim pular, e a inteligência artificial foi melhorada. Para aqueles que gostam de RPGs de ação onde a caçada reina e lutar ao lado de amigos é sempre diversão garantida (um beijo pra ti, Monster Hunter! ♥), God Eater é uma boa pedida.
Menções honrosas: o engenhoso multiplayer de “Sunset Overdrive”; o belíssimo design de “Ori and the Blind Forest” e “Zodiac”; o exótico e curioso “Dark Dreams Don’t Die” (também conhecido como D4); “Final Fantasy Type-0” em HD e Tetsuya Nomura anunciando que deixou a produção de “Final Fantasy XV”; o Omega Mode de “Ultra Street Fighter 4”; a data de lançamento no ocidente do sombrio e aguardado “Bloodborne”; “Dengeki Fighting Climax” (a.k.a. Waifu Fighting Climax) ganhando novas adições no elenco de lutadores; o anuncio de “Raiden V” exclusivamente para Xbox One; um gameplay de “Sonic Lost World” que despertou em minha alma um saudoso guilty pleasure e, por fim; o streaming do “Game Music Composer Talk Live” com as presenças dos lendários compositores Kenji Ito, Yoko Shimomura e Yasunori Mitsuda.
Diogo Fernandes
Essa TGS me deixou com uma mistureba braba de coisas a se pensar. Com a sétima geração de consoles me ensinando que sofrer é legal, quis acompanhar tudo que saía sobre “Bloodborne” e o que a From Software anda preparando para a sua vinda nessa geração que mal conheço e já considero pacas.
A idéia do trabuco no jogo me pareceu bacana quando vimos os trailers, observando a ambientação, o clima opressor e tudo mais. Isso até ver o gameplay de meia-hora. O sentimento foi mais ou menos o que senti com o visual dos chefões de Dark Souls 2.
O personagem principal, quer dizer, o coitado principal, aparenta ser MUITO mais badass que os monstros. Quero estar muito errado quanto a isso, mas tenho a impressão que vou sentir saudade do aspecto medieval da trinca Souls, onde dragões imponentes voando nunca serão menos do que o personagem. E mesmo assim vencê-los, é o que me anima. Vou pagar pra ver.
E claro, a volta de Final Fantasy como jogo de destaque. Quanto tempo não sentia isso. Na verdade a ultima vez que senti vontade de desbravar um jogo da série foi quando comprei Final Fantasy XIII, e logo o troquei com raiva em menos de uma semana.
Não vejo muita comemoração se eu fosse um PC Gamer com uma bomba dessas vindo não, mas, sobre o vindouro XV, será muito bem vindo, viu? De coração. E se ainda assim me decepcionar, “Bravely Second” tá aí pra isso mesmo.
Em números…
O Tokyo Game Show exibiu mais de 130 jogos em seus estandes. O número total de visitantes foi de 251 il, cerca de 10% a menos do que ano passado. Contudo, o total de expositores foi mais de 4 mil, maior do que o último ano. A próxima edição do evento já está prevista para acontecer entre 17 e 20 de Setembro de 2015, no mesmo local, o Makuhari Messe. O NGP cobriu as notícias mais importantes durante o evento neste ano.