Nesta segunda-feira (12), um longo e exaustivo fim de semana de trabalho chegou ao fim. Mas ao mesmo tempo, toda a experiência também foi muito recompensadora, já que só quem esteve na BGS 2015 sabe o quanto a feira é impressionante. São dias intensos, cheios de encontros, trabalhos, diversão e conteúdo.

Na edição deste ano, estivemos em cinco pessoas fazendo a cobertura, cada um de nós vendo coisas diferentes e dando abordagens diferenciadas a tudo o que estava presente por lá. Sendo assim, todos tiveram suas próprias visões sobre o que rolou nos cinco dias de Brasil Game Show.

São essas visões que estão reunidas neste pequeno artigo, onde elegemos, de forma rápida, o que rolou de melhor e pior em mais uma BGS.

Jessica Pinheiro

Em quesito técnico, a BGS desse ano estava bem melhor organizada e pronta para adversidades, e isso em diversos aspectos que tomaria um sem número de parágrafos aqui. Mas resumidamente, por conta do bom trabalho em equipe da assessoria e por eles principalmente pensarem em todos (desde YouTubers a jornalistas e, claro, o público), além de outros fatores; gostei muito mais da edição desse ano do achei que gostaria.

Os dois jogos que mais gostei no evento foram: a demo exclusiva de Rise of Tomb Raider, que tinha o atencioso lead designer Mike Brinker sempre por perto para auxiliar os jogadores, e claro, o jogo em si que está fantástico (e isso vem de alguém que não gostou do jogo anterior…); e testar a Laura em Street Fighter V, cuja apresentação e presença do Ono-San brilhou mais do que tudo. O hiper simpático asiático falou com todos que ele podia durante sua estadia na feira e brincou muito na apresentação, mostrando que não se abalou at all com o vazamento na mídia japonesa dias antes da revelação oficial da nova personagem – ela que inclusive me conquistou fácil pela habilidade e aparência.

A BGS 2015 fechou com grande estilo sua jornada no Expo Center Norte e eu senti que tivemos neste ano uma atenção especial aos olhos do mundo, mais do que nas outras edições. Seja pela presença de produtoras e executivos mega animados (Ryo Mito, um beijo!), seja pela expansão da área indie (ainda que a divulgação da mesma pré-evento tenha sido bem precária), seja pelo jogador brasileiro que derrotou um dos chamados Deuses Japoneses (o Haitani) na final da seletiva da Capcom Cup, seja pelo empenho e atenção dos assessores presentes, seja pela presente ilustre de muitos ícones da indústria… Enfim, muitos fatores contribuíram para esta ser uma das melhores BGS que eu já cobri, mas não me alongar mais aqui… Nos vemos na próxima!

Edes WR

Desenvolvedora volta a falar de Rise of the Tomb Raider para outras plataformas

A organização da feira como um todo esteve bem melhor se comparado aos anos anteriores, desde o cadastro de imprensa e compra de ingressos até a disposição, tamanho e variedade dos stands. Bastante exclusividade para a o público brasileiro em primeira mão, como é o caso da demo de Rise of Tomb Raider e da revelação oficial da nova lutadora de Street Fighter V, Laura Matsuda, que apesar de ter tido imagens vazadas antes da feira, teve seu primeiro acesso ao público aqui no Brasil, apresentada pelo próprio produtor, Yoshinori Ono.

Como nem tudo são flores, apesar do espaço para os games indies ter crescido, todos os stands estavam escondidos e relegados a um canto bem afastado na feira, sem sinalização ou divulgação adequada dos jogos e produtoras presentes. Esse aspecto ainda temos muito o que amadurecer, não só a feira mas o mercado como um todo.

Durval Ramos

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Bruna Bani resume minha BGS.

Felipe Demartini

Mirrors Edge

Se teve um aspecto que com certeza me deixou muito feliz foi a presença de Mirror’s Edge: Catalyst na feira. O game, uma confirmação de última hora, apareceu de forma modesta no meio do estande da Warner Bros., com um destaque pequeno que não fazia jus à grandiosidade de sua demonstração.

O primeiro título é um daqueles que eu realmente queria ter gostado, mas não consegui, principalmente devido aos controles. Perceber que tudo funciona de forma mais fluida, dinâmica e, acima de tudo, linda no novo jogo serviu para deixar a expectativa por ele lá em cima. Uma pena que a demo não tenha funcionado em todos os dias da feira, mas quem conseguiu experimentar, pôde conferir o que era, com certeza, o melhor game da BGS 2015.

Nota negativa para o estande da Microsoft que, apesar de ser um dos maiores e mais recheados de lançamentos da feira, também continha o maior índice de desinformação. Antes mesmo da feira, não tínhamos confirmação dos jogos presentes ou informações sobre agendamento de entrevistas, um desconhecimento que se estendeu ao longo do próprio evento. Não era incomum pedir informações aos promotores e ouvir um “não faço a menor ideia” como resposta.

Games bastante esperados também apareceram com pouco destaque por lá. Foi apenas por acaso que encontrei Just Cause 3 rodando em uma pequena bancada, com apenas dois notebooks, e quase nenhuma indicação de que o título estava presente. O mesmo valia para Quantum Break que, apesar de não jogável, trazia uma das melhores apresentações da BGS, com presença de produtor e tudo. Só que dentro de um cineminha, escondido e apenas com uma pequena placa indicando sua presença. Muita gente pode ter passado pelo evento sem nem saber que os títulos estavam lá, sendo que ambos mereciam um destaque muito maior.

Cassio Barbosa

A melhor parte da BGS 2015 foi voltar para casa e finalmente dormir notar o crescimento da feira. Além de poder testar vários jogos que ainda não saíram, o público ainda teve a chance de estar frente a frente com produtores e desenvolvedores de alguns games bastante esperados – experiência normalmente restrita à imprensa. Ao mesmo tempo, descontos bastante atraentes em jogos e acessórios também fazem da BGS uma oportunidade para quem deseja voltar para casa com uma nova adição pra coleção.

O pior de tudo esse ano em minha opinião não foi culpa da organização. O anúncio oficial de Laura como a personagem brasileira em Street Fighter V na conferência da Sony foi bastante divertido mesmo com o vazamento e, infelizmente, nos resta apenas imaginar como o impacto da revelação teria sido caso o segredo tivesse conseguido ficar guardado.

Caio Vicentini

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Gostei muito da organização da feira, apesar de ainda achar que colocar Sony e Microsoft uma do lado da outra só causa congestionamento em alguns corredores do evento. Mesmo com isso fazendo com que as filas para Dark Souls III fechassem cedo, para evitar a muvuca, tanto as assessorias como o próprio evento pareciam preparados para o público que viria.

Achei bizarra a decisão de colocar alguns jogos grandes com tão poucas estações. Isso me fez desistir de conferir algumas coisas por lá por conta das filas massivas.

PS: 5 pontos para os stands que serviam água para o pessoal das filas, uma ótima ideia que deve ser repetida ano que vem.

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