A E3 2014 chegou e foi embora, e aqui no NGP, fizemos uma cobertura bastante completa e extensa durante os quatro dias de evento. Por mais que a gente precise reportar todos os fatos e falar da maioria dos jogos que dermos conta, todos temos os nossos favoritos, os títulos que, com certeza, estaremos jogando em nossos consoles e PCs no futuro.
Para saber sobre isso, perguntei a vários membros da equipe aqui do site quais foram, para cada um deles, os principais momentos, anúncios e destaques da E3. Confira:
Edes WR – Redator
De todos os eventos que temos no ano, do Ano Novo ao Natal, a semana de E3 é a que mais me deixa em um estado de euforia, tamanha que é até difícil de explicar. Falto no trabalho, desmarco compromissos, relego alimentação e sono e por ai vai…
A culpa por minhas expectativas para a E3 2014 estarem mais altas do que nunca foi exatamente a feira do ano passado, com o prelúdio de uma guerra de consoles como nunca vista desde a década de 90. E não me decepcionei, nem um pouco!
Todas as grandes empresas parecem, finalmente, estarem ouvindo o consumidor que realmente se importa com os games, desistido de focar a maior parte de seus esforços na bolha dos casuais. O grande exemplo veio da Microsoft que, do início ao fim de sua conferência, falou somente sobre games e nada mais. Sequer a imagem do hardware do Kinect foi mostrada nos telões da apresentação.
Sony manteve sua linha dos últimos anos, mostrando aguardados títulos bem como uma linha forte de jogos indie que, na minha opinião, roubaram a cena. A Nintendo fez o de sempre, que por mais estranho que pareça ela tinha desaprendido a fazer, e mostrou um novo Super Smash Bros., um novo Zelda com conceito espetacular e até mesmo um novo Star Fox!
Em meio aos grandes anúncios de franquias famosas e outros títulos AAA, minha preferência realmente ficou com os games menores e os indies. Cuphead é um jogo de plataforma 2D da MDHR Studio que até ai não seria nada demais, se não fosse por seu estilo visual único que recria as animações de estúdios como Disney na década de 30 e 40
No Man’s Sky, da Hello Games, é um jogo em primeira pessoa de exploração e sobrevivência que se descreve como “open universe”, com infinitas possibilidades. Só de pensar em tudo que esse jogo pode proporcionar, já fico ansioso .
Por último, eu mencionaria Lifeless Planet, mas ele já foi lançado para PC no início de junho. Então, resolvi colocar entre os meus favoritos uma franquia pela qual que sou apaixonado mesmo em seus altos e baixos: Assassin’s Creed: Unity. Que venha E3 2015!
Felipe Demartini – Editor
Em uma E3 de poucas surpresas e muita antecipação por jogos já conhecidos, ficou difícil para as empresas surpreenderem de verdade. Mas isso foi feito com sucesso por muitas delas. Por mais que muitos dos rumores não tenham sido confirmados, a feira teve mais pontos positivos do que negativos, com destaque para a Nintendo e sua “conferência de um dia inteiro”.
O primeiro título que me vem à cabeça é a remasterização de Grim Fandango. Sim, é um jogo que já tem mais de dez anos, que eu já me cansei de terminar e, ainda assim, sempre merece ser jogado de novo. Tim Schfaer tem uma genialidade que quase não se vê nos dias de hoje e é interessante pensar que um de seus maiores clássicos vai retornar. Se chegar com a dublagem em português clássica, melhor ainda.
Dois outros momentos que me empolgaram bastante foram os trailers de Rise of the Tomb Raider e The Division. Gosto de vídeos que, mesmo não mostrando muito do game em si, investem em uma ambientação para dar, desde já, o tom do que poderemos esperar. O título de Lara Croft da Crystal Dynamics me agradou bastante. Sou fã de Tom Clancy também, então, aqui, temos dois pratos bem cheios.
Por fim, vale a pena mais uma citação à Ubisoft em relação a Far Cry 4. Um dos melhores FPS da geração passada, na minha opinião, parece estar se tornando muito melhor na nova. E mostra que, novamente, a empresa sabe criar bons vilões. Pagan Min promete bastante, só espero que ele seja melhor utilizado que Vaas.
Andre Luis – Colunista (Coop)
Destaques:
- Excelente plano da Nintendo de substituir a conferência pelo campeonato de Super Smash Bros.
- Microsoft teve que correr atrás do prejuízo, falando apenas em jogos! (E apoiando os indies, coisa que apenas a Sony fez no ano passado)
Melhores jogos:
- Splatoon
- Batman: Arkham Knight
- Assassin’s Creed: Unity
- Far Cry 4
- Grim Fandango HD
Italo Oliveira – Colunista (Fora do Controle)
- Super Smash Bros
- Pokémon Omega Ruby e Alpha Sapphire
Metal Gear V: The Phantom Pain
Arthur Aques – Redator
Comparativamente, essa E3 não foi tão surpreendente como a anterior, o que é totalmente aceitável tendo em vista que o grande destaque ano passado foi a divulgação dos consoles para a nova geração, um assunto bem difícil de ser superado.
Depois de acompanhar quase uma semana inteira de E3, quase nenhum anúncio foi uma grande novidade, já que a maioria foi divulgado antes do evento sequer começar. Porém, ainda sim alguns conseguiram chamar a minha atenção.
Um dos jogos que me pegou desprevenido foi Rainbow Six: Siege, que demonstrou um tipo de jogabilidade baseado em estratégia que muito me agrada. Outro que me deixou muitíssimo empolgado foi Bloodborne, o antigo Project Beast, que como fã das series Dark Souls e Demon’s Souls me fez ficar extremamente feliz por ter escolhido o PlayStation 4 em vez do Xbox One, tendo em vista que o jogo é exclusivo.
E por fim, um dos jogos que eu estava mais ansioso para ver, Batman: Arkham Knight, o jogo que fecha a franquia da Rocksteady, recebeu um gameplay muito legal, mostrando a gigantesca cidade de Gotham e como será a jogabilidade com o tão esperado Batmóvel.
Diogo Fernandes – Redator
No aguardo de Assassin’s Creed: Unity, apesar de tantos outros jogos mostrarem que a nova geração, assim como a tal Internet, veio pra ficar. Acho que assisti umas cinco vezes ao vídeo de apresentação, fiquei maluco. Gostei tb do Bátima. Quero ver se vão entregar aquilo tudo mesmo. E Bloodborne, o que a From Software lançar com o climão Dark Souls estou conferindo.
André Ceraldi
Assassin’s Creed: Unity – depois dos “deslizes” em AC3 e AC4, a franquia parece estar voltando aos eixos, e para isso, nada melhor do que voltar à Europa. O período da Revolução Francesa sempre foi um dos que eu mais esperava ver um AC localizado, e a forma que o jogo foi apresentado durante a E3 leva a crer que não só vai retomar o rumo que ficou perdido após a conclusão da história de Ezio, como também inicia uma nova fase na franquia, cheia de melhorias e com um sistema de coop que inicialmente agrada até aqueles que não são muito fãs (no caso, eu) desse tipo de sistema. Unity pode dar início a uma fase pode ser tão brilhante quanto a trilogia de Ezio Auditore.
Batman Arkham Knight – Arkham Origins foi extremente frustrante: pegou tudo de bom que havia nos dois primeiros jogos da série Arkham e piorou. Além disso, não trouxe nenhuma boa novidade, apenas remendos mal feitos. Assim como Assassin’s Creed: Unity vem para colocar a franquia AC de volta nos trilhos, Arkham Knight vem para fazer o mesmo pelos jogos do morcegão. O destaque, como não poderia deixar de ser, fica pro fantástico Batmóvel, afinal, que fã do Batman nunca sonhou com dirigir o icônico veículo pelas ruas de Gotham em um jogo?
The Evil Within – Se The Last of Us foi a prova que o Survival Horror ainda tem espaço no mercado de hoje em dia, The Evil Within pode fazer esse movimento ficar ainda mais forte, principalmente por se tratar de um jogo com a assinatura de Shinji Mikami, o pai de Resident Evil. O que foi mostrado durante a E3, dá uma grande esperança e faz acreditar que ainda há espaço para o gênero, se feito com qualidade e competência. O novo jogo de Mikami pode ser uma aula para a Capcom e para a Konami, que ao longo dos últimos anos fizeram as duas maiores franquias de survival horror (Resident Evil e Silent Hill) quase naufragarem devido ao distanciamento de suas origens e a decisões mal tomadas.