Todas as reclamações dos fãs em relação ao número cada vez maior de lançamentos apenas digitais – como é o caso de Resident Evil HD Remaster, por exemplo – agora está quantificada em números. Em uma pesquisa, a MarketCast descobriu que apenas 20% das vendas de jogos, nos consoles, são realizadas por meios digitais. Mais do que isso, esse total quase não alterou a quantidade de jogos em caixinha comprados pelos entrevistados.
É importante falar que isso se refere, especificamente, à comunidade dos consoles da Sony e da Microsoft. Em ambos os casos, os jogadores afirmaram terem consciência de que a distribuição digital é o futuro da indústria, mas também saberem que ainda vai levar um tempo para que um nicho ultrapasse o outro. E, se depender dele, os disquinhos ainda terão uma vida bastante longa.
No PC, porém, a situação é completamente diferente. Todos os participantes afirmaram ser usuários do Steam e comprarem jogos com frequência, mostrando-se totalmente satisfeitos com o serviço da Valve. Nos computadores, os jogos físicos quase não têm mais vez e aqui, a revolução já quase que chegou ao fim.
Para a consultoria responsável pelo estudo, é justamente a ausência de um sistema confiável como o da Valve que está brecando o crescimento dos jogos digitais nos consoles. Entre os críticos desse tipo de plataforma, a maior reclamação é em relação à política de preços, já que os valores são os mesmos cobrados pelos games físicos.
Além disso, a ausência de opções de revenda e a impossibilidade de testar o título também são citadas como fatores que interferem no crescimento desse segmento. A ideia é que o mundo dos jogos precisa de algo robusto como o Netflix, que mesmo com o pagamento de assinaturas e a ausência de downloads, vem se tornando cada vez mais uma alternativa popular.
O estudo, que bate de frente com os números de vendas e sucesso digital extremo de empresas como Activision e Electronic Arts, entrevistou 1.000 jogadores em diversos países da Europa, sendo 900 nos consoles e 100 no PC, apenas para fins de comparação. É uma amostra pequena, dirão muitos, para refletir um universo gigantesco.
Com informações do IGN.