Como se não bastassem todos os problemas financeiros pelos quais estariam passando, uma discussão com a Microsoft teria tirado da Crytek a possibilidade de desenvolver Ryse 2, ums das principais franquias exclusivas do Xbox One. De acordo com informações publicadas pelo Eurogamer, as duas empresas não chegaram a um acordo sobre com quem ficariam os direitos sobre a propriedade intelectual após o lançamento de uma sequência.

Segundo as novidades ainda não confirmadas, o trabalho de pré-produção de Ryse 2 já havia sido iniciado quando a Microsoft exigiu que, para financiar a produção, os direitos sobre a série fossem passados a ela. A Crytek, sabendo possuir uma série lucrativa nas mãos não concordou com isso, o que teria dado fim ao acordo entre as duas companhias. Com a falta de dinheiro para realizar um projeto de tal magnitude, então, veio o cancelamento.

A pendenga vem após um desenvolvimento citado como “desastroso” para Ryse: Son of Rome. O título teria sido caríssimo para a Crytek, um montante que acabou não sendo recuperado com as vendas do título exclusivo. Esse teria sido, inclusive, o estopim para uma crise financeira que motivou demissões, saída de funcionários e atrasos nos pagamentos, colocando em xeque também o destino de games em produção, como Homefront: The Revolution.

O Eurogamer também fala de sérios problemas trabalhistas no escritório da Crytek em Xangai, onde o atraso nos pagamentos teria levado as autoridades locais a se envolver na questão. Funcionários também estariam processando a empresa para receber valores relacionados a processos de missão, enquanto outros acusam a empresa de quebra de contrato.

De particular importância, o estudo chinês da Crytek é o responsável pela oferta de jogos free-to-play da companhia, como Warface e Arena of Fate. A transição para um modelo de negócios baseado em jogos gratuitos e o fracasso comercial de alguns dos títulos da empresa já lançados dessa maneira seriam os principais responsáveis por uma suposta falência da companhia, bem como seus problemas com a justiça.

Para uma das fontes ouvidas pelo Eurogamer, a Crytek “simplesmente cresceu demais”, chegando a quase mil funcionários espalhados por desenvolvedoras da Ásia e Europa. Os executivos responsáveis pela companhia não souberam lidar com toda essa ampliação, levando a empresa por caminhos considerados errados e resultando na catástrofe atual.

Os primeiros relatos sobre a falência da Crytek surgiram no último final de semana, por meio de publicações alemãs. A empresa, originalmente, negou veemente as informacões, mas desde então, mais e mais notícias sobre o assunto surgiram na imprensa. Desde então, a companhia permanece em silêncio.

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