Que bela E3, não é? Tivemos grandes lançamentos, trailers de tirar o fôlego e gameplays de encher os olhos. Creio que boa parte do público gamer parou (e surtou) ao ver que o remake de Resident Evil 2 é real. Muitos haviam perdido as esperanças, pois não havia nenhuma notícia desde o primeiro vídeo, o tal do “we do it”, lançado no dia 12 de agosto de 2015.
Uma nova chama acende no coração de todos quando a E3 do “impossível” fez acontecer. Na conferência da Sony, tivemos o primeiro vídeo de Resident Evil 2, mais tarde, pudemos conferir mais um trailer e um gameplay da demo disponível para quem estava na feira. Com tudo isso em mãos, resolvemos analisar completamente as imagens e falar sobre as semelhanças nos cenários, a fisionomia dos inimigos e, principalmente, a mudanças nos personagens.
Caminhão em chamas
Logo no começo do game, há um acidente de carro envolvendo Claire e Leon. Para fugir de um caminhão desgovernado, que iria bater diretamente neles, cada um vai para um lado da rua, dando origem aos cenários A e B. Em ambos, o veículo aparece pegando fogo, junto a zumbis e mais destruição.
A mesma coisa aparece no remake, podemos ver o caminhão bem ao fundo do cenário. Aos lados, há diversos carros e entulhos, impossibilitando os dois de seguirem pelo mesmo caminho. Queria uma referência forte do jogo clássico? Aqui está!
Portão da RPD
No jogo clássico, a entrada da RPD era mais limpa, não haviam rastros de sangue e sinais de violência, enquanto sabemos que o restante da cidade já estava em caos total. Na campanha, Leon diz para Claire que a delegacia seria mais seguro e o ambiente limpo poderia indicar que o jovem policial estava certo, até eles entrarem no prédio.
Já no remake, mesmo com tudo escuro, podemos notar vários objetos como ferramentas, peças de roupas, lixo de todo o tipo e pistas de que a delegacia, talvez, não seja tão segura quanto Leon havia pensado.
Hall de entrada
Nós o conhecíamos como um lugar para se acalmar, depois de dar de cara com um Licker no corredor sangrento ou no segundo andar. Havia uma estátua de frente para a porta e subindo uma das rampas laterais encontramos o balcão, com o computador para usar o cartão-chave, uma escada de emergência, três portas de acesso para outros cômodos. O símbolo da RPD no chão aparecia até limpo demais para um lugar dominado por uma horda de mortos-vivos.
Agora, temos um hall de entrada totalmente reconfigurado e com o layout invertido, ou seja, estátua atrás e recepção na frente. O símbolo da RPD não aparece nesta foto, mas ainda está no mesmo local, em meio a destroçoss que evidenciam o combate e o atendimento aos feridos que aconteceu por ali, com um posto médico improvisado.
Podemos notar também que o acesso ao segundo andar não será pela escada de emergência, mas sim diretamente pelo térreo. Há mais objetos como bandeiras, papéis e caixas, além de um notebook da época. O monumento não está segurando um vaso como no clássico e o local, de maneira geral, está bem sujo e escuro, longe da tranquilidade de antes.
Encontro com Marvin
No começo da caminhada na delegacia, apenas uma porta está aberta, e ao entrar, conhecemos Marvin Branagh, um policial veterano. Ele conversa com o protagonista, dá um cartão-chave, fala que há sobreviventes nos outros andares para serem resgatados e manda a gente embora.
Agora, encontramos Marvin pela primeira vez no hall de entrada, de forma parecida com o que acontece em Resident Evil: The Darkside Chronicles. O policial ainda está ferido, mas bem mais ativo do que no clássico, salvando Leon de ter as pernas devoradas por um zumbi. Um fato curioso, é a nova ordem de Marvin para Leon: “e vir uma dessas coisas, uniformizadas ou não, acabe com ela ou fuja”.
A sala do cofre
Quem se lembra da porta dupla azul, cheia de zumbis e com um cofre em um anexo? No clássico, era onde poderíamos ter acesso a garagem, necrotério e à sala de armamento, no subsolo.
Parece que no remake essa sala será ainda mais perigosa, porque ela aparece sombria, com mais inimigos e sinais de violência, mostrados na mesa e na porta do anexo (a zumbi de shortinho também está por ali).
Corredor azul
Este é um dos primeiros a serem explorados, principalmente no cenário B. Passamos por ele e chegamos ao “corredor da morte”, por onde temos acesso ao interrogatório e à sala de imprensa.
No remake, esse corredor está muito mais amplo, escuro, tenso e perigoso. Ainda temos a porta que leva para a sala do cofre, mas, de acordo com o gameplay mostrado na E3 2018, há muito mais que explorar, já que foram inseridos novos locais. Algumas salas foram realocadas, além da horda de zumbis que parece não ter mais fim. E, por fim, a porta de entrada era de madeira, agora é de ferro.
Sala de imprensa
Acredito que todos sofreram um pouco nessa sala, pois no cenário A tinha um Licker pronto para te atacar, enquanto no B, o Tyrant T-103, conhecido como Mr. X, entrava de maneira nada convencional, provocando um pequeno infarto. No cômodo, havia uma caldeira e três pequenas tochas para serem acesas, um enigma que libera a engrenagem para uso no terceiro andar.
A sala de imprensa no remake, podemos dizer, que é uma das mais parecidas com o clássico. A cor é a mesma, foram acrescentados alguns elementos como bandeira da RPD e dos Estados Unidos, e, aparentemente, retiraram a caldeira e as tochas.
Corredor dos STARS
O clássico caminho até a sala da equipe especial trazia um tom cinza azulado, com alguns zumbis e uma menina assustada. Acredito que os fãs se lembrarão que precisamos passar aqui para chegar na Biblioteca.
Acho que a imagem fala por si só. Boa sorte, Leon e Claire. Vocês vão precisar!
Recepção da RPD
A sala do baú é um dos alívios para os jogadores, pelo menos no cenário A, pois no B conta com alguns zumbis. Ainda assim, ela está limpa e clara, havia apenas um banco grande, o adorno no centro e a cabine dos atendentes na parede, à direita de quem entra pela porta dupla. Logo a seguir, na janela, o ssuspense do que estaria por vir adiante.
Quem acompanhou os gameplays da E3 2018 já deve ter notado que a entrada é diferente, sai a porta dupla e entra uma grade de ferro. A sala tem mais sangue, caixas e lascas de madeiras pelo chão, enquanto o enfeite vai para o lado da cabine de atendimento. Diferente do clássico, agora dá para ver arranhões e buracos na parede. Agora fica a pergunta, os buracos são dos tiros ou das garras do Licker?
Corredor sangrento
Um dos primeiros sustos do jogo! Quem não se lembra da primeira vez em que vimos o Licker? Mesmo no clássico, o corpo decapitado no chão, a destruição e a janela quebrada já davam a entender que teríamos que nos preparar para o que estava por vir.
Agora, o jogo vai nos obrigar a ter estômago forte. O ambiente em si não muda muito além da iluminação e a quantidade de objetos pelo caminho. A novidade fica no corpo encontrado, antes um policial decapitado, dessa vez…
Sala de reuniões da RPD
Depois do susto no corredor do Licker, seguimos reto para a sala de porta dupla. Dentro dela, há vários entulhos, mesas, cadeiras, um quadro negro e outro de avisos. Atrás, o puzzle da lareira, que revela uma joia vermelha.
Mesmo com um ambiente mais escuro, dá pra notar que as carteiras ao estilo escolar saem e dão lugar a uma mesa grande no centro. A porta também muda de lugar, o que pode levar para o puzzle original ou outro cômodo.
Sala dos policiais
No jogo de 1998, era a sala onde encontramos Marvin virando zumbi e nos atacando ou em que podemos usar o “bug da estante” e enfrentar Nemesis em Resident Evil 3. O local é o escritório onde os policiais não pertencentes aos STARS trabalhavam, com vários armários e mesas. Refrigerante, chapeuzinho e itens de festa dariam as boas-vindas para Leon.
O formato da sala não muda muito, com exceção da porta que dá para o hall de entrada, onde agora há uma pequena escada. Podemos dizer que ela se encaixa quase no que aconteceu na sala de imprensa, com o remake mudando apenas o básico e permitido pela tecnologia de hoje.
Helicóptero
Mais uma cena que está cravada na mente dos fãs. Um policial desesperado por resgate, ao ser atacado por zumbis, acaba atirando sem querer no piloto e derruba o helicóptero. O pátio é grande, há uma grade separando a parte hidráulica da delegacia e a escada que leva para o pátio dos fundos.
Nessa imagem que vimos rapidamente no trailer do remake, aparentemente, Leon vai presenciar a queda do helicóptero já do andar de baixo. Inclusive, se repararem bem, ele está conversando com Claire, que, acredito, poderá entrar na delegacia apóss essa cena e continuar a caminhada pela sobrevivência.
Saída do esgoto
A saída dos esgotos em Resident Evil 2 é acessível por um elevador, mas no cenário B, temos que descer até uma sala com vários monitores de vigilância, pegar uma chave e voltar. Nesse processo, temos a visita de alguém não muito agradável: o Mr. X.
Não há muitos detalhes, mas a grade no chão, o estilo do corredor e o corrimão estão bem parecidos com o clássico. A única diferença seria a porta, que não aparece no remake.
Leon S. Kennedy
Em 1998, Leon era um novato da RPD. Com olhos azuis, esguio e um cabelo castanho, quase ruivo. Alguns, até hoje, questionam se Leon tinha ou não a aparência de alguém com 21 anos. Enfim, depois de alguns protótipos, inclusive um que parecia com o Chris, tivemos o novato que conhecemos e é adorado por alguns e odiado por outros.
Aí veio o Leon do Resident Evil 2 Remake, mais realista graças à engine usada pela Capcom no game. Agora com um cabelo definitivamente castanho, roupas mais condizentes com a função, trazendo emblemas menores e mais detalhados, com a sigla do RPD não mais parecendo marca do patrocinador de time de futebol. Agora podemos dizer com facilidade que ele tem 21 anos e que, convenhamos, é um bocado bonito.
Claire Redfield
Provavelmente alguma menina já quis usar a roupa da Claire, mesmo sabendo que ela não é nada prática para uma motoqueira. Mas vale lembrar que a Claire tinha 19 anos na época, e mesmo sabendo que a tecnologia de 1998 não é metade do que temos hoje, a caçula dos Redfield ainda tinha um olhar inocente. Porém, também entramos no mesmo questionamento: ela aparenta ter a idade?
Temos aqui, talvez, a mudança que mais causou polêmica, não só pela aparência, mas também pelo figurino. Se baseando no realismo trazido pela RE Engine, o rosto de Claire ficou mais arredondado e jovial. Sua roupa foi atualizada, deixando de pertencer uma personagem de anime para virar uma motoqueira de verdade. O casaco vermelho da Claire gerou revoltas pela falta do “anjo” nas costas (veja a foto do helicóptero), mas verdade seja dita, ela não só está linda, como aparenta ter a idade que tem e, agora, está vestida de forma condizente com o ambiente em que se encontra.
Sherry Birkin
A doce menina, filha de cientistas, mais parece um boneco do filme “Invocação do Mal”. Infelizmente, os gráficos da época não favoreceram Sherry e o visual de marinheira não era dos mais legais para uma criança, que carrega o colar dourado com um pingente gigantesco e uma foto da família. Mas, mesmo quando ela é teimosa, ainda temos uma grande simpatia e um sentimento de que precisamos cuidar dela à todo custo.
A RE Engine a favoreceu, e muito. Agora temos uma criança com um olhar doce e amedrontado. As vestimentas são, de fato, um uniforme escolar; um colete com um pequeno emblema e um calção mais comprido. O colar dourado também foi modificado, agora é menor, mas ainda com espaço para uma ampola do G-Virus.
A filha do prefeito
Sem dúvidas, alguns gamers que jogaram Resident Evil 2 em 1998 e não sabiam inglês ficaram, no mínimo, intrigados com o corpo da mulher loira de vestido branco na mesa do Chefe Irons. Ela é a filha do prefeito, que o delegado matou e cujo corpo pretendia empalhar.
Diferente de Darkside Chronicles, onde o corpo da moça estava na câmara de taxidermia, agora ela volta para a mesa do Chefe Irons. Ela aparece maquiada, com um bracelete dourado e, inclusive, sem manchas de sangue em seu vestido.
Licker
O bicho cego que dá medo em todo mundo! O Licker aparece pela primeira vez no corredor sangrento, depois do protagonista investigar o corpo. Ele está no teto, só esperando uma próxima vítima. O cérebro é exposto em uma cor esbranquiçada, seus dentes e garras são destaques além da língua, que pode dar chicotadas irritantes e acabar com a sua vida.
O “novo” Licker não é nada diferente do clássico, mas pelo pouco que vimos, a aparência dele é bem mais visceral.
Zumbis
Em 1998, os zumbis de Resident Evil 2 eram quase todos parecidos, mas com leves alterações. Alguns eram policias uniformizados, outros civis, usando camisa social bege ou preta, além de cientistas, peladões, a clássica zumbi de shortinho e, por fim, Brad Vickers, infectado após seu encontro com Nemesis.
Seguindo a linha de Resident Evil 3, temos uma quantidade de zumbis bem maior. Policiais de diversas fisionomias e de ambos os sexos. Na delegacia, também pudemos notar mais cidadãos de Raccoon City, mas como ainda não tivemos nada de informação sobre o laboratório, não dá pra saber muito sobre a presença de cientistas e peladões.
O olho de William Birkin
Quem melhor para fechar essa lista do que nosso querido chefão, William Brirkin? A única imagem que temos dele até agora é do emblemático olho, que no original, tinha um aspecto animalesco e com uma casca esverdeada em volta.
Agora temos , no remake, um olho mais “humano” e com muita pele apodrecida em volta.
Resident Evil 2 Remake é real! Muitos, incluindo essa que vos escreve, estava com medo do que poderia acontecer. O game clássico é jogável até nos tempos de hoje, seu enredo é redondo e fechadinho, e a jogabilidade, mesmo sendo do velho estilo tanque, ainda é mais fluída do que a do antecessor. E precisamos mencionar que o carisma dos personagens só deixa o jogo ainda mais perfeito.
Pelo que vimos nos trailers e gameplay, o novo jogo terá horror, sangue, inimigos, tensão, ambiente sombrios e tudo que Resident Evil 2 merece. O lançamento está marcado para 25 de janeiro de 2019 no PlayStation 4, PC e Xbox One. E você? Está ansioso por esse remake?