O primeiro Resident Evil Revelations é um dos melhores jogos dos últimos anos da franquia, enquanto o segundo aproveitou o que dava de fracassos anteriores, trouxe Claire Redfield de volta e explicou algumas pontas soltas da série. São títulos que dividem opiniões, mas que possuem grande importância na franquia, o que, só aí, já explica a vontade de Capcom em entrega-los no máximo possível de plataformas.
Isso sem falar, claro, no aspecto financeiro, mas na chegada dos títulos ao Switch, eles, impressionantemente, também beneficiam ao jogador. Em uma coletânea, o primeiro título da subsérie chega junto com Resident Evil Revelations 2 ao console da Nintendo, podendo ser comprados ao mesmo tempo por preço cheio – o primeiro em cartucho, o segundo digital – ou individualmente pelo eShop em versões somente por download.
Estas, também, são as versões mais completas de ambos os jogos, não apenas por conterem todos os DLCs e conteúdos adicionais liberados nos outros consoles, mas também por contarem com extras exclusivos. O maior destaque, aqui, fica por conta dos controles de movimento, que permitem atirar, usar a faca, recarregar armas ou localizar itens.
Mirar com os Joy Cons, entretanto, não é tão preciso quando na versão de Resident Evil 4 para o Wii U, por exemplo. Muito pelo contrário, utilizar os controles pode chegar até a dificultar o processo, algo que é levemente mitigado quando se está com o próprio console ou seu controle nas mãos. Na maioria das vezes, entretanto, os jogadores vão, simplesmente, desligar o recurso, que mais ajuda do que trabalha, apesar de ter seus momentos brilhantes.
Além disso, claro, o Switch traz a vantagem de permitir que a jogatina seja levada a qualquer lugar, aproximando a versão, também, do Resident Evil Revelations original para Nintendo 3DS. Em modo portátil, o título também apresenta experiências melhores, muitas vezes apresentando ares de jogo de realidade aumentada e tornando menos perceptíveis os problemas visuais que assolam, principalmente, o segundo game.
É nele, já desenvolvido de olho no PS4 e Xbox One, que estão os maiores problemas dos relançamentos. Além de loadings enormes, dá para perceber bastante serrilhado nos cenários e algumas texturas que demoram a carregar, além de quedas na taxa de frames e lags nos momentos em que há mais inimigos na tela. A título de comparação, a versão se encontra em um intermediário entre as fracas edições para geração passada e as plataformas atuais.
De resto, temos um minigame inédito e exclusivo em cada título, para obtenção de pontos para compra de armas e outros artigos no Raid Mode, e o suporte aos Amiibos, que servem para o mesmo propósito. Eles podem ser ativados uma vez por dia cada e não existem itens especiais ou exclusivos aqui.
No panorama geral, a Resident Evil Revelations Collection, como está sendo chamada no pacote que reúne os dois games, traz títulos interessantes e de boa qualidade, que merecem ser jogados de novo ou conhecidos pela primeira vez. Entretanto, caso você já tenha experimentado a remasterização do primeiro e o segundo em seu lançamento original, compra-los novamente no Switch pode não ser tão interessante assim, a não ser, claro, pela portabilidade.
Os jogos foram testados em cópias cedidas pela Capcom.