O Nintendo Switch chegou ao mercado com a proposta de eliminar as barreiras entre a jogatina caseira e portátil, rodando os exatos mesmos jogos em ambos os formatos. Essa ideia transparece, agora, com a realização de um antigo pedidos dos fãs de uma das séries mais consagradas da Capcom. Resident Evil 4, agora, pode ser levado para qualquer lugar, assim como o remake do primeiro game da série e RE Zero. E isso, por si só, já faz o olho de muito fã brilhar.

Dos três jogos relançados no dia 21 de maio, Resident Evil 4 com certeza é a estrela. Não apenas por ser um dos títulos mais importantes da história e também um dos mais elogiados, mas, também, por aparentemente ter recebido o melhor trabalho de otimização. Ele roda a uma resolução mais baixa do que nas recentes versões PS4 e Xbox One, mas faz isso para manter a taxa de quadros, na maioria do tempo, em 60 fps, com quedas apenas nos momentos mais agitados.

A taxa fez maravilhas para a ação do game, que já era fluida e gostosa de se jogar. Mesmo no portátil, e com algumas questões de precisão relacionada aos analógicos dos Joycons, Resident Evil 4 brilha e não deixa em nada a dever para os outros relançamentos. Na tela menor, os vídeos de abertura não remasterizados, também presentes no DLC de Ada Wong, não agridem tanto os olhos e a experiência, de maneira geral, é tão brilhante quanto sempre foi.

A história é um pouco diferente quanto falamos de Resident Evil Zero e do remake do primeiro, entretanto. Não que eles rodam mal no console, muito pelo contrário, mas é possível perceber que o Switch está tendo um pouco mais para carregar os cenários pré-renderizados e cheios de elementos, juntamente com os modelos de personagens refeitos para a Origins Collection, lançada originalmente em 2016.

Jogar o remake do primeiro Resident Evil em qualquer lugar é uma experiência à parte, principalmente depois que os jogadores se acostumam com a pequena mudança no posicionamento dos botões, culpa dos padrões de confirmação usados pela Nintendo. O terror de Chris, Jill, Barry e outros na misteriosa mansão da Umbrella é o tema de um dos melhores games da franquia, e aqui, ele também chega de maneira belíssima, apesar de loadings um pouco mais longos na transição para o hall e outros cenários grandes ou cheios de elementos.

Essa questão do carregamento, entretanto, é um problema maior em Resident Evil Zero. Algumas passagens chegam a levar mais de 20 segundos, algo que incomoda, principalmente, no trecho inicial do jogo. Novamente, a saga de Rebecca e Billy aparece bela como sempre, mas essa demora maior na transição depõe contra o resultado e chama a atenção de forma muito negativa, principalmente, quando fica claro que o Switch está tendo trabalho para carregar as coisas, mesmo tendo plena capacidade de rodar tudo.

As falhas de otimização entram no caminho do que poderia ter sido a edição definitiva dos três games, um aspecto que se torna ainda mais forte quando se leva em conta a ausência de controles de movimento neste relançamento de Resident Evil 4. Jogar em qualquer lugar, no fim, acaba sendo o grande diferencial aqui., e caso a portabilidade não seja um fator importante para o jogador, as versões PS4, Xbox One ou PC, mais baratas, continuam sendo a melhor escolha para reunir a qualidade de sempre destes títulos com a beleza das remasterizações mais recentes.

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