Vamos aproveitar a publicação da análise de um dos jogos mais esperados do ano, Batman: Arkham Knight, para estrear também uma nova categoria de textos por aqui, que estava dormente desde a inauguração do NGP, em maio do ano passado. Estamos falando da “Segunda opinião”, uma espécie de expansão dos reviews originais que vai trazer a opinião de um segundo membro da equipe sobre o game jogado.
A ideia é simples. Temos uma equipe constituída por diferentes tipos de pessoas e, sendo assim, opiniões variadas. Então, vamos abrir um espaço para que um outro autor também escreva brevemente sobre o game, não para refutar a análise original, mas sim, revelar um segundo ponto de vista e trazer um pouco mais de riqueza à discussão.
Agora é a vez deste que vos escreve, Felipe Demartini, chamar a atenção para um dos pontos mais frustrantes de Batman: Arkham Knight. O DLC da análise você confere aqui embaixo e também na própria página do review, junto com a nota e os prós e contras.
Segunda opinião – Batman: Arkham Knight
“A maior frustração de Batman: Arkham Knight, sem dúvida, é o Batmóvel. Não me entendam mal – dirigir o veículo em alta velocidade pelas ruas de Gotham City é a adição mais fantástica que a Rocksteady poderia fazer, e as missões secundárias contra o vilão Vagalume estão entre as mais divertidas do jogo. O problema aconteceu quando a desenvolvedora teve a nada brilhante ideia de criar, também, enigmas para serem resolvidos com o veículo, fazendo com que ele perca boa parte de seu propósito e, na mesma medida, criando os momentos mais chatos de todo o jogo.
Me senti exatamente como no teste de direção do DETRAN ao tentar controlar a charanga sobre os telhados da cidade ou em plataformas do exato tamanho dela. Cair de cabeça para baixo como uma tartaruga foi comum na minha experiência como o Homem Morcego, o que acabou me levando a utilizar muito mais o gancho e navegar a pé do que dentro do carro.
Felizmente, tais situações são esporádicas e acontecem mais nas missões do Charada, já naturalmente uma pedra no sapato dos fãs. Porém, é triste imaginar que, após uma introdução fenomenal tanto para o Batmóvel quanto para o Homem-Morcego, ficamos presos em um jogo de empurrar rampas, puxar elevadores e apertar botões quando deveríamos estar a todo vapor na caça do Espantalho. Um agente químico está prestes a ser liberado na cidade, mas a falta de senso de urgência é gritante.
Dizem que a primeira impressão é a que fica, mas felizmente, não foi o caso. Batman: Arkham Knight mostra porque é um dos melhores jogos da atual geração, mas ao mesmo tempo, contém falhas que gritam tanto e acabam minando a experiência. Isso é grave principalmente no começo, quando o jogador ainda está sendo conquistado. Felizmente, a inconsistência de seu início não persiste e “ser o Batman” é tão divertido quanto sempre foi.”