Certamente o jogo de luta Indie mais famoso do mundo, já era hora de falar de Skullgirls! O presente que a Lab Zero e a Autumn Games deram aos fãs de jogos de pancadaria, design digital e cinema (por que não) – já que além do sistema de combate bem divertido e similar aos crossovers da Capcom, tem muitas referências à história da arte. Com muito bom humor, temos golpes bem originais que, além de arrancar algumas risadas, tiram muito life… Atente que este texto é sobre a segunda versão, 2nd Encore, que se auto-denomina um “Endless Beta” no Steam.
Skullgirls é um jogo em que cada garota procura o artefato que pode realizar o desejo de qualquer mulher, o Skull Heart. Porém, se esta moçoila for impura de coração, ela se transformará em uma entidade maligna muito poderosa, uma Skull Girl. Agora, muitas pessoas, na maioria mulheres, partem em busca de derrotar a atual demônia e ter o artefato para si. Cabe a você derrotar a pirralha e acabar com a palhaçada toda!
O jogo com um traço muito bem detalhado foi todo desenhado à mão pelo talentoso Alex Ahad, e o que impressiona mais que as animações fluentes e os efeitos sonoros bem escolhidos são as inúmeras variações de luz e sombra, algo incrível de ser ver, como atuam nos personagens 2D e no cenário de forma tão natural e convincente. Em um ambiente escuro, é possível que os olhos da Robo-Fortune iluminem uma pequena área sobre o personagem ou o cenário do telhado, que tem um lado escuro e outro claro, com um amarelo bem vívido. Sem falar das inúmeras variações nas animações mais simples, fazendo parecer que nenhuma partida será igual à outra, mesmo que se repitam os golpes.
Apesar de só ter 14 personagens, são todos bem originais (exceto Fukua, que é uma versão maligna de Filia), e cada um representa um tipo de filme ou atmosfera Noir. É o caso de Big Band, que é uma banda de Jazz em um homem só, ou Peacock, que representa os cartoons dos anos 1920 a 1940. A ambientação do game é toda referente ao mundo do cinema, e nos cenários e falas (que não são poucas), remetem à filmes e outros jogos de luta famosos. Não é por acaso que em alguma variação de público no fundo do cenário você verá um cão fazendo cosplay de Chun-Li e outro de Guile.
Com uma trilha sonora fantástica, Skullgirls é a melhor escolha para quem quer um combate com muitos combos e personagens com estilos originais, cheio de truques e nenhuma inspiração em Ryu ou Zangief. Por isso, não espere mais um clone de Street Fighter ou The King of Fighters. Jogos como este, cheio de garotas e situações insinuantes, já não são novidades no cenário Indie. Anteriormente, temos Vanguard Princess (feito no Fighter Maker 2nd), mas com visual anime e todo o Glitter mágico que só os japoneses conseguem fazer, mas poucos combos.
Como está praticamente em todas as plataformas mais famosas não há desculpa para não desafiar a Skull Girl!