O fim de um embargo de quase 14 anos que impedia a chegada de video games à China foi anunciado no início do ano e a Sony é a mais nova empresa a se preparar para desembarcar com seus consoles no território asiático. Apesar de não falar em aparelhos específicos, a expectativa é que pelo menos o PlayStation 4 esteja disponível nas lojas do país até o final deste ano.

Estamos falando de um mercado com mais de 338 milhões de jogadores que, mesmo sob forte pressão governamental e regulatória, cresceu para se tornar um dos principais do mundo. E isso aconteceu por meio de uma oferta de jogos praticamente exclusiva para PCs e dispositivos móveis, com título que fazem mais sucesso do que muitos lançamentos liberados para todo o mundo.

A chegada da Sony à China acontece por meio de uma sociedade com a Shanghai Oriental Pearl Culture Development, uma empresa especializada no fomento do turismo, inovação e tecnologia na China. Serão duas companhias criadas a partir dessa união: uma com foco no hardware, para produção e distribuição de consoles, e outra especializada na adaptação e distribuição dos títulos lançados por lá.

A necessidade de adequação dos jogos faz parte das exigências do mercado chinês que, mesmo com o fim da proibição da entrada de aparelhos importados, ainda quer manter um firme controle sobre os games vendidos no país. São proibidos, por exemplo, jogos que façam alusão a jogos de azar ou tenham conteúdo violento, relacionado ao tráfico de drogas ou qualquer outro assunto que vá contra a legislação do país.

São regras que, por exemplo, podem acabar impedindo a chegada de grandes títulos como Grand Theft Auto. Além disso, em normas mais amplas, qualquer jogo que tenha conteúdo “ofensivo às tradições chinesas” ou que seja visto como uma “ameaça à soberania nacional” também podem ser impedidos de entrar no território. Todos os jogos deverão passar por aprovação pelo Ministério da Cultura local e os desenvolvedores terão acesso completo aos termos que restringiram a entrada no país, de forma a realizarem as adaptações necessárias se julgarem válido.

Por isso mesmo, a Sony pretende seguir na China uma estratégia bastante semelhante à aplicada por empresas como a EA e Activision e seguir o caminho da produção de jogos exclusivos. Franquias como FIFA e Call of Duty, por exemplo, têm seus títulos dedicados aos chineses e voltados para o estilo preferido dos jogadores daquela região. Agora é a vez de outras companhias seguirem esse mesmo rumo e tentar entrar de cabeça em um mercado que, desde já, se mostra bastante promissor.

Com informações do CIO.

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