Sabemos que adaptações de games para o cinema nem sempre dão certo, como Resident Evil, Tekken ou Super Mario Bros., por exemplo. Indo na contramão hollywoodiana, Joey Ansah deu vida a Street Fighter: Legacy, um curta mostrando um embate entre Ryu e Ken, com direito a hadouken e shoryuken. A Capcom gostou do projeto e “autorizou” a turma a continuar com o projeto Street Fighter: Assassin’s Fist, lançado em maio de 2014.

Ansah, diretor, produtor, escritor e intérprete de Akuma, sempre quis fazer algo bom e digno, não só para os fãs, mas também para honrar Street Fighter, que até então contava com os filmes “A Batalha Final” e “A Lenda de Chun-li”, com qualidades extremamente questionáveis. A websérie foi postada no YouTube e, posteriormente, lançada em DVD e Blu-Ray; boa parte do público arrisca dizer que é uma das melhores adaptações em live-action baseada nos games.

Em 2016 sai Street Fighter: Resurrection, contando um pouco da aventura de Ken e Ryu longe do dojo, mas trazendo Nash como personagem central e a presença de Laura. A minissérie serviu mais para dar um gás extra no lançamento do quinto jogo. Quem mora no Brasil teve sérios problemas para assistir, pois a produção não foi lançada no YouTube, como a primeira, mas no aplicativo Go90, disponível apenas nos Estados Unidos.

Mesmo os fãs brasileiros não conseguindo assistir, poucos desanimaram, pois sabíamos que teríamos uma continuação. Inclusive, ela já tinha nome definido, Street Fighter: World Warrior, e se passaria entre Assassin’s Fist e Resurrection. A chance de poder contar com a presença de personagens icônicos como Guile, Chun-li e Sagat era um grande atrativo.

Infelizmente, no dia 5 de Fevereiro de 2020, Ansah postou uma mensagem na página oficial da série no Facebook, e as notícias não são boas. Street Fighter: World Warrior foi adiado por tempo indeterminado. De acordo com o post, a equipe passou por alguns percalços em relação ao estúdio que levaria a série para a televisão e também aumentaria os recursos financeiros para criar algo grandioso.

Ele relatou que, além do contrato com o estúdio (sem citar nomes), houve problemas com prazos e o desenvolvimento da série em si. Mesmo sendo produtor, ele não seria o escritor principal e diretor, com o medo não conseguir garantir que a sequência não fosse tão boa e fiel como a primeira temporada sendo grande. Ansah comentou que eles tinham uma data limite para o lançamento, se não os direitos voltariam para a Capcom, e o resultado seriam anos de trabalho jogados no ralo. Infelizmente, o prazo acabou e a série acabou não vendo a luz do dia. Ou seja, teriam que recomeçar do zero.

Mesmo não sendo o escritor principal, ele afirma que os cinco anos de parceria com esse dito estúdio foram bons para poder desenvolver uma história realmente interessante. Ele também elogiou a Capcom pelo relacionamento, e disse que trabalha com eles para, quem sabe, dar início a novos trabalhos. Para nós, fãs, só nos resta esperar.

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