A explicação dada pelo diretor técnico da Ubisoft, James Therien, de que daria muito trabalho incluir protagonistas femininas em Assassin’s Creed: Unity não pegou muito bem junto à comunidade gamer. Agora, o diretor executivo para a Europa, Oriente Médio e Ásia da empresa, Alain Corre, voltou a tocar no assunto e disse que não se trata de nenhum tipo de problema de desenvolvimento, e sim, do respeito às decisões de quem criou o game.
Ao site GamesIndustry International, ele cita vários exemplos para justificar o que está falando. Segundo ele, a escolha dos diretores criativos e produtores de Assassin’s Creed: Unity foi tornar o protagonista, Arno, no centro das atenções. Sendo assim, é ele quem lidera a produção e recebe a maior atenção dos realizadores.
Da mesma forma, quando a empresa criou AC: Liberation, esse mesmo foco foi dado à assassina Aveline. O mesmo vale também para Child of Light, título recente que atraiu bastante atenção da mídia e do público com uma história voltada para os contos de fadas e um rol de personagens bastante feminino. De acordo com Corre, é assim que as coisas funcionam e, na Ubisoft, todos fazem o máximo para respeitar as decisões criativas de cada desenvolvedor.
O foco principal, segundo ele, não está em passar uma mensagem ou se posicionar quanto a temas polêmicos. Para a Ubisoft, o que realmente vende um game é a inovação e frescor do título. E é dessa maneira que cada proposta é avaliada pela empresa antes de entrar em produção, e não levando em conta fatores externos. “Seguimos o que [os produtores] querem e, se a gerência acredita que está diante de uma história boa e contagiante, que vai agradar aos fãs com um jogo de qualidade, então a aprovamos”, completa.
No final das contas, se trata simplesmente de criar experiências únicas. O foco, termina Corre, é a emoção dos jogadores, e não fatores externos que, apesar de importantes, podem transformar o projeto em algo que eles, simplesmente, não são.