Enquanto o Japão já se diverte e destrói 3DSs com Super Smash Bros., o Ocidente ainda precisa esperar até o dia 3 de outubro para colocar as mãos no título. Para aplacar um pouco essa ansiedade, porém, a Nintendo liberou uma pequena versão demo que, apesar de passar longe da variedade de conteúdo final, já mostra um pouco do que dá para esperar da estreia do game de luta no mundo dos portáteis.
O menu do título já está completo, mas não se assuste. Apenas um único modo, o de lutas livres, está disponível, e ele pode ser jogado apenas em modo single player ou contra amigos que estejam no mesmo recinto que você. São cinco personagens: Mario, Link (The Legend of Zelda), Pikachu (Pokémon), Mega Man e Villager (Animal Crossing). Uma seleção que parece pequena à primeira vista, mas que tem razão de ser, já que exibe todos os estilos de combate que estarão disponíveis no game final.
E, como sempre costuma ser dito quando se fala em jogos de franquias first-party da Nintendo, o resultado é excelente. Há sim o que comentar, e acima de tudo, melhorar. Mas temos aqui mais um game que, sem dúvida nenhuma, justifica a empolgação que o cerca.
Atenção nos dedos
Os controles são rápidos e ágeis como já é tradição na franquia, mas por aspectos negativos, serão os primeiros elementos com os quais o jogador irá se importar. Quem está acostumado a jogar títulos de luta e aventura sabe: os botões de cima designam ataques fracos, os de baixo, mais fortes e especiais.
Mas para a Nintendo, uma das premissas principais com suas grandes franquias é mudar o esquema de controles o mínimo possível. Assim, diz a empresa, os jogadores poderão embarcar na aventura assim que ligarem o video game e deverão se preocupar apenas com o que há de novo e belo no game. Se você já jogou um game da “Big N”, sabe jogar todos. Mas isso meio que não se encaixa em Super Smash Bros.
Em uma configuração padrão bem esquisita, que provavelmente estará presente também na versão Wii U, os botões de cima (Y e X) servem para pular, enquanto os de baixo (B e A) desferem os dois tipos de ataques dos personagens. Parece uma mudança simples, mas que vai contra boa parte do que já está estabelecido em termos de games e causará bastante confusão nas primeiras partidas do título.
Felizmente, tal aspecto pode ser modificado na tela de opções do game, tornando a jogabilidade um pouco mais próxima da tradicional. Mas, infelizmente, essa opção não está disponível na demo, obrigando o jogador a se aventurar por algumas partidas antes de desligar a mente do modo automático e entender que, aqui, as coisas funcionam um pouco diferente. Com certeza não é nada gritante e absurdamente ruim, mas que com certeza causará estranheza no início.
Tudo aquilo que você adora
Existia um temor de que, ao dar as caras no portátil, Super Smash Bros. poderia perder um pouco daquilo a que estamos acostumados. Pode ficar tranquilo. Pelo menos segundo esta demo, o título aparece exatamente como todos nos lembramos e queremos, sem tirar nem pôr, apesar das diferenças óbvias que, aqui, vêm apenas para somar e adaptar.
Por isso, prepare-se para as batalhas frenéticas de sempre – principalmente quando se joga em grupo – e a variedade de itens que podem transformar o andamento dos combates de uma hora para outra. Os especiais ainda são fantásticos e preenchem completamente a tela, enquanto o martelão permanece como uma arma mortal, desde que não se parta em dois pelo caminho.
A tela de menor resolução – e tamanho – do Nintendo 3DS fez com que a Nintendo tivesse que tomar algumas medidas para garantir que tudo pudesse ser enxergado perfeitamente. De forma a permitir isso, e também dar um estilo visual único e compatível com as qualidades do console, os personagens ganharam fortes contornos escuros, adquirindo um visual cartunesco e muito bonito.
É justamente a linha preta ao redor dos lutadores que ajuda a enxergar o que está acontecendo, mesmo quando os personagens se afastam. Joguei a demo em um Nintendo 3DS XL, e mesmo assim, algumas vezes, foi difícil ver bem o que estava acontecendo nestes momentos, o que me fez pensar que tal ato deve ser praticamente impossível na versão convencional do portátil.
Isso leva a crer que, talvez, portar exatamente o mesmo título para o 3DS pode não ser exatamente a decisão mais acertada, principalmente do ponto de vista competitivo. É uma falha que, nem de longe estraga a proposta, já que Super Smash Bros. sempre foi, e continua sendo, um game de proximidade. Mas ainda assim, a Nintendo poderia ter tomado um cuidado maior com esse tipo de fato e, quem sabe, transformado a versão em algo bem mais agradável de se jogar.
Matando as saudades do robozinho azul
Um aspecto bem específico chama a atenção na demo, e com certeza, vai trazer alegria aos saudosistas. Mega Man aparece na demo e, acima de tudo, está extremamente bem representado, com seus ataques, movimentos e golpes característicos, além das cores que designam diversas transformações do herói ao longo do título.
O cuidado da Nintendo na reprodução do herói em Super Smash Bros. – em comparação com o que a Capcom fez ao incluir o personagem em um game de luta – faz pensar no que ela faria caso tivesse o controle pleno de um jogo do robozinho. A “Big N”, realmente, parece ser uma casinha bem mais quentinha para ele do que sua criadora e fica a esperança que essa aproximação acabe resultando em um novo game solo do personagem.
Super Smash Bros. tem lançamento marcado para o dia 3 de outubro. Ao Wii U, o game chega em uma versão parecida, no final do ano. Se você não aguenta esperar, a demo do game para o portátil será lançada para todo mundo nesta sexta-feira (19).