Uma aventura “Sessão da Tarde”

Todo conto tem no mínimo dois pontos de vista. E na nova aposta da Telltale Games, em parceria com a Gearbox, não é diferente. Tales From the Borderlands traz, de um lado, o executivo ambicioso Rhys e seu fiel e melhor amigo Vaughn, ambos em busca de um lugar ao sol na empresa Hyperion. Do outro, estão a estilosa Fiona com sua língua afiada e sua irmã Sasha, parceira em seus “negócios” e “oportunidades”. E essa turminha vai entrar em muitas confusões, vivendo uma incrível aventura no exótico planeta Pandora.

Um homem de negócios…

Depois de um longo caminho percorrido no mundo corporativo, nosso protagonista Rhys esta prestes a receber sua tão sonhada promoção, que representa um grande salto em sua vida profissional. Mas, nem tudo sai como o planejado. Seu longo período de dedicação não lhe serve de nada quando seu superior imediato (que agora se encontra flutuando congelado do lado de fora da estação espacial onde se encontram) é subitamente substituído pelo arrogante e prepotente Hugo Vasquez. Algo de muito podre esta acontecendo e para piorar a situação, Rhys é rebaixado ao cargo de zelador.

A fórmula do jogo já foi tão repetida em The Walking Dead e The Wolf Among Us, que agora não apresenta grandes inovações.

Querendo se vingar de seu novo chefe, ele toma proveito de uma conversa telefônica onde Vasquez negocia a compra de uma “Vault-Key”, item extremamente raro no mundo de Pandora, decidindo adquirir tal item das mãos de tal vendedor antes de seu chefe.

E é ai que tem inicio toda a trama e consequentes confusões deste conto. Qualquer outra informação da história poderia ser um grande spoiler, por isso, vamos parar por aqui, apenas dizendo que você também deve ficar de olho no outro lado.

Fim de mundo desconhecido, mas divertido

O universo de Borderlands é bastante interessante e com forte inspiração em filmes de mundo pós-apocalíptico, como a série “Mad Max”. Esse cenário é bem explorado e representado nessa encarnação adventure. Apesar do desenrolar da trama principal ser bem claro e instigante, ficam evidene as referências aos games FPS da Gearbox, Borderlands e sua sequência.

Menções ao grande líder da empresa Hyperion, criaturas e outros habitantes de Pandora, e mesmo as Vault-keys e o que elas fazem para ser tão valiosas, são todos fatos constantemente usados para dar continuidade à trama e complementar diálogos. Assim, o jogo acaba deixando quem não está familiarizado com esse mundo um tanto quanto perdido, sem entender bem o que esta acontecendo no plano de fundo.

Apesar disso, Tales from the Borderlands é muito bem estruturado ao contar um história com dois pontos de vista bem distintos, resultando em diálogos e situações hilarias.

Já vi esse jogo antes…

Tales from Bordelands é um adventure competente, formatado pela Telltale Games. E talvez esse seja seu maior problema, uma vez que a fórmula já foi tão repetida em The Walking Dead e The Wolf Among Us, que agora não apresenta grandes inovações.

Tales From the Borderlands é muito bem estruturado ao contar um história com dois pontos de vista bem distintos, resultando em diálogos e situações hilárias.

O protagonista possui um olho biônico capaz de escanear objetos e, também, um braço mecânico computadorizado, com projetor holográfico, que pode hackear sistemas e oferecer uma força sobre humana. Mesmo podendo acessar tais itens durante o jogo, nada no gameplay aproveita suas funcionalidades com criatividade, se limitando a apenas servir como uma enciclopédia do mundo de Pandora, por exemplo.

Assim como nos demais adventures da Telltale, somos conduzidos pela trama sem grandes desafios ou enigmas, e, com isso, cada vez mais tornando o título literalmente uma história interativa e menos um jogo. Infelizmente, apesar de divertido, apenas mais do mesmo.

Este jogo foi analisado no PlayStation 4 em cópia cedida pela Telltale.