Desde que foi adquirida pela Microsoft, a Rare se tornou uma desenvolvedora praticamente especializada no Kinect. Foram dos corredores da empresa britânica que saíram todos os títulos esportivos do sensor de movimentos, que serviram para mostrar ao mundo o potencial da plataforma e também o que a própria companhia é capaz de fazer com o hardware do console da Microsoft.

Apesar de muitos anos já terem se passado e após três títulos consecutivos da série Kinect Sports, muita gente ainda tem saudades de jogos como Goldeneye e Banjo, que fizeram história em consoles da Nintendo. Mas a Rare não parece estar interessada a retornar a tais conceitos, apesar de receber constantes pedidos para isso. Na visão de Craig Duncan, diretor da empresa, não é bem isso que os jogadores querem.

Em entrevista ao GameSpot, ele afirma que não vê necessidade de refazer o mesmo jogo inúmeras vezes e que nem mesmo os próprios jogadores querem rever as mesmas fórmulas sendo repetidas. Trata-se, então, de um saudosismo que, pelo jeito, não será suprido pelas mãos da Rare.

Isso não significa quer o futuro da empresa é apenas a série Kinect Sports. Duncan conta que sempre existem diversos títulos em fase de conceito dentro da companhia e que basta uma questão de alinhamento entre oportunidades, mercado e plataforma para que tais títulos deixem as pranchetas e se tornem projetos reais.

No momento, a empresa está dando os toques finais em Kinect Sports Rivals, que tem lançamento previsto para 8 de abril, e já reúne uma equipe para começar seu próximo game. O caráter desse novo jogo, porém, não foi revelado e é um segredo que permanece trancado a sete chaves. Um anúncio na E3 2014? Quem sabe, mas Duncan não entrou no assunto.

Para ele, seu trabalho é garantir que os desenvolvedores tenham o espaço e ferramentas necessárias para criar propostas que se encaixem com o que a Microsoft espera de seus jogos exclusivos. E isso não é tarefa fácil, já que a empresa cada vez mais expande seu foco não apenas para o Xbox One, mas também para os computadores com telas de toque, o Windows 8, o Windows Phone e o velho guerreiro Xbox 360, que ainda está presente como console principal na casa de muitos consumidores.

A ideia final da Rare é a mesma que motiva esse distanciamento de remakes ou sequências de Goldeneye ou Banjo. O objetivo, afirma o diretor da empresa, é sempre inovar e fazer coisas diferentes daquilo que já foi realizado antes. É isso, por exemplo, que está por trás de Kinect Sports Rivals e são tais conceitos que continuarão a guiar os próximos jogos da companhia.

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