Halo é o tipo de série que, ao menos para os fãs mais fervorosos, quanto menos mudar, melhor será. Uma missão árdua para a atual desenvolvedora da franquia, a 343 Industries, que enfrentou grandes críticas no ultimo jogo numerado e primeiro sobre sua responsabilidade, Halo 4. Pelo que experimentei na BGS 2015, a desenvolvedora aprendeu com seus erros passados e soube trazer inspirações de outros FPS de sucesso na medida certa.
Seguindo a ideologia de agradar o público presente na feira com uma ambientação apropriada para o jogo (assim como na demo de Rise of Tomb Raider), a sala onde testei o jogo se assemelhava à “barriga” de alguma nave de transporte de soldados Spartan, prestes a se abrir e nos liberar para o campo de batalha. 24 unidades do Xbox One estavam ligadas em rede a um servidor local, controlado pelo pessoal do estande, que depois de nos acomodarmos e colocarmos nossos fones, deu início a uma partida de equipe contra equipe, o conhecido “Red vs. Blue”, mas agora chamado de Warzone.
O objetivo era simples. A equipe que obtiver maior numero de soldados inimigos abatidos vence. Porém, notei ótimas variações na fórmula básica que, ao menos ao meu ver ,como alguém com pouca experiencia em Halo e FPS em geral, tornam a experiência multiplayer muito mais divertida tanto para veteranos como para iniciantes.
Cade equipe começa em sua base no mapa, um prédio de três andares bem amplo, sendo atacados por uma das raças alienígenas presente no game, que, diga-se de passagem, estão com um visual bem interessante e ameaçador, ao contrário dos inimigos multi coloridos e de comportamento quase circense bem comuns de se encontrar na série. Uma ótima forma de tutorial, com objetivos sendo atualizados e armamentos sendo liberados a cada ponto de verificação alcançado.
Depois de acabar com essa primeira onda de inimigos controlados pelo computador, a base se abre para o mapa em si onde podemos ver ao longe a base do outro time, sendo nosso objetivo invadir, eliminar os adversários e capturá-la, alem é claro defender nossa própria base.
Veículos bem conhecidos da franquia estavam disponíveis e espalhados pelo mapa, tais como Revenant e o Warthog, e até mesmo um mecha muito parecido com um Mantis. Mais de uma dezena de armas estavam disponíveis ao alcance de um botão para serem selecionadas, criando uma variedade bem grande de formas de ataque e de jogabilidade propriamente dita.
Um dos melhores e mais divertidos FPS que já joguei foi Destiny, não por acaso o game foi desenvolvido pela empresa que deu origem à série Halo, a Bungie. E em Halo 5, pude perceber as mesmas características de jogabilidade que tornam o jogo tão satisfatório e recompensador ao se apertar o gatilho, mesmo que sendo desenvolvido pela 343 Industries. Creio que é algo que vá agradar muito os fãs.
Como a própria descrição oficial diz, “Uma força misteriosa e implacável ameaça a galáxia, enquanto o Master Chief está desaparecido e sua lealdade é questionada. Vivencie a história mais dramática de Halo, até hoje, em uma epopeia cooperativa para quatro jogadores por três mundos”. Tudo indica que Halo 5 vai voltar a agradar todo um publico que acompanha a série e amantes do multiplayer, como também novos jogadores buscando por uma campanha single player desafiadora e de trama interessante.
Halo 5: Guardians chega nesta terça-feira (27) e é um exclusivo do Xbox One.