Pegando a todos com as calças arriadas, a desenvolvedora finlandesa Frozenbyte Inc. soltou assim de supetão; uma notícia em seu fórum oficial a respeito de seu mais novo título. Na mensagem, a equipe de produção alegou terem recebido incontáveis emails perguntando sobre o desenvolvimento de uma possível continuação da consagrada série Trine, e agora, depois de tanto eles finalmente puderam revelar seu segredo: o de que estavam trabalhando já há muito tempo em Trine 3.
A boa notícia é que o jogo sai ainda este ano, apesar de não possuir uma data definida. A má notícia (para os donos de console, neste caso), é que o game será lançado a princípio apenas para PC. Com o anúncio de “Trine 3: The Artifacts of Power”, foi também divulgado um vídeo mostrando um pouco da jogabilidade do novo título. No trailer em questão, é possível perceber que os protagonistas serão os mesmos dos outros dois jogos da franquia. Os gráficos parecem também manter o padrão de qualidade gráfica absurdamente lindo da série.
Todavia, a novidade mais curiosa é sem dúvidas a mudança de ângulos de câmera. No vídeo é mostrado que em determinados trechos o jogador poderá se movimentar livremente e irá controlar os personagens em uma visão em terceira pessoa, acompanhando-os com a câmera por trás ao invés de lateralmente. Há ainda múltiplos níveis de profundidade no cenário agora, permitindo ao jogador controlar os personagens, fazendo-os caminhar em uma camada mais ao fundo ou trazê-los para um nível mais a frente (similar a LittleBIGPlanet).
Esta brusca mudança na engine parece ter um motivo a mais por trás, além de apenas trazer um novo modo de explorar os belos cenários que o título possui. Nos dois primeiros títulos já era possível contemplar muito bem as fases e, com as habilidades combinadas de cada personagem, a diversão ficava por conta de quebrar a cabeça, pensando em como, quando e/ou por que era necessário ao personagem alcançar determinado trecho da tela. É óbvio que com a nova geração de consoles servida na mesa, é preciso testar as capacidades dos mesmos, mas ainda assim fico com o pé atrás com estas novidades a respeito dos ângulos de câmera. Ori and the Blind Forest é a prova de que não é preciso necessariamente mergulhar em profundas camadas de imersão gráfica para fazer jus à exploração.
Para quem nunca ouviu falar da série Trine, se trata de um game do gênero adventure, mas com nuances de side-scrolling, já que os personagens são vistos apenas de uma câmera lateral e se movimentam para frente, para trás, para cima ou para baixo. O cenário vivo e interativo apresentado em 2.5D além dos belos gráficos são um diferencial para os jogadores mais exigentes. Contudo, a cereja do bolo que transforma Trine em um jogo tão único e querido é o fato de que o jogador precisa controlar 3 personagens ao mesmo tempo (uma ladra, um cavaleiro e um mago) e alternar entre eles e suas principais habilidades para resolver puzzles e assim, prosseguir através do game. É possível também jogar em multiplayer/co-op online e offline, o que ainda transforma o título em um dos mais divertidos já criados.
Se você é um jogador com alguma idade e por acaso se sente órfão de Lost Vikings, Trine talvez sacie a sua nostalgia, mas ao invés de loiros barbudos que descem cerveja e hidromel goela abaixo e viajam através do tempo e espaço; em Trine é possível se deixar levar e se render ao fantástico, belo e épico universo desta série, além de se aventurar ao lado de três improváveis protagonistas que são obrigados a se unirem em prol de sua salvação.
