Em uma situação bastante inusitada, o ex-ditador do Panamá, Manuel Noriega, anunciou em julho que estaria processando a Activision pelo uso indevido de sua imagem em Call of Duty: Black Ops II. Agora, a Activision afirmou que vai entrar com pedido junto às autoridades dos Estados Unidos para impedir o andamento do processo que, na opinião da empresa, estaria infringindo sua liberdade de expressão.
A empresa está sendo defendida por Rudy Guiliani, ex-prefeito de Nova York que agora atua como advogado. Segundo ele, as alegações de Noriega são absurdas e ele está em busca apenas de dinheiro, algo que se encaixaria perfeitamente com sua reputação de “assassino condenado e traficante de drogas”, além de “um tirano que destruiu completamente os direitos de seu próprio povo”.
Não deve ajudar muito o fato de Noriega estar preso em uma prisão do Panamá devido a crimes cometidos durante seu governo de seis anos. Em uma alusão à época, Call of Duty: Black Ops II conta com uma missão na qual o jogador deve viajar ao país para capturar um alvo descrito como “Falso Profeta”, que apesar de não compartilhar o nome do ditador, tem semelhanças físicas gritantes com ele.
No processo, Noriega afirma que a Activision causou danos à sua imagem e distorceu sua história para aqueles que não a conhecem. Além disso, acusa a empresa de usar sua aparência sem autorização como forma de aumentar as vendas do título.
O pedido de Giuliani se baseia em uma lei do estado americano da Califórnia, que prevê o arquivamento de processos em casos que interfiram na liberdade de expressão dos acusados. Agora, ele e a Activision aguardam resposta das autoridades.
Com informações do CVG.