O passado está cada vez mais presente. De um lado, temos a Rare trazendo ao Xbox One alguns de seus títulos mais clássicos. De outro, a E3 do impossível tornou o real o velho sonho de um remake de Final Fantasy VII. E lá, como uma possibilidade cada vez mais real, vem também uma versão atual de Resident Evil 2.

Parece que voltamos no tempo, mas não, estamos em 2015. Para as maiores desenvolvedoras do mercado, porém, parece que a hora é a melhor para trazer de volta os melhores games do passado e uni-los a todo o potencial das plataformas mais recentes. Remakes estão deixando de serem sonhos e se tornando realidades.

E, como sempre, todo mundo tem um pitaco para dar. Quem não gostaria de rever aquela franquia que tanto nos alegrou, mas ficou no passado, voltando com toda a glória da nova geração? Foi essa a pergunta que fiz para a galera do NGP, e as respostas, você confere agora.

Legacy of Kain

Por Leonardo de Souza Afonso

Legacy of Kain

Um mundo vasto, com milênios de história e uma mitologia tão rica, merecia sem dúvida um remake decente e não um joguinho free-to-play, bem do meio boca. Surgiu até um video de 30 minutos, com direito a cinematics e gameplay do que parecia ser um retorno triunfal da série. Alarme falso.

Uma franquia tão valiosa, que já rendeu grandes jogos, não merecia o esquecimento, ou pior, ser rebaixada a um multiplayer genérico free-to-play. Aguardo ansioso que algum engravatado chafurde pelas gavetas da Square Enix e se depare com esse legado fantástico, então resolva revivê-lo e apresentar para as gerações recentes uma história digna das telas da sétima arte.

Tão rica e complexa quanto um Metal Gear ou um Assassin´s Creed. Com horror, política, intrigas e reviravoltas. Criaturas fantásticas, sinistras e assustadoras. Ambientes grandiosos, palacios, catacumbas. Queria ver tudo isso em um bom jogo, um que nos devolva e respeite seu legado, o Legado de Kain.

Chrono Trigger

Por Edes WR

Chrono Trigger

Em se tratando de JRPG, é quase unânime a opinião de que Chrono Trigger beira a perfeição mesmo nos dias de hoje (se você pensa diferente é uma pena…). Mesmo diante deste fato, acredito que um remake seria providencial para reviver a franquia nos consoles atuais.

Claro que compartilho do mesmo medo dos de opinião contrária ao remake de Resident Evil 2, por exemplo, pois muito da magia do original pode se perder no processo. Mas, como a hipótese aqui é minha, assumo o manto de produtor a guiar tal projeto. A propósito, já viu minha coluna onde “brinco” com isso?

Trilha sonora orquestrada, gráficos similares (ou superiores) ao vistos em Ni No Kuni, do estúdio Level-5, mapas abertos, zero loadings, batalhas por turno ou em tempo real à escolha do jogador, diálogos e cutscenes dublados usando gráficos do próprio jogo no bom e velho traço de Akira Toriyama. Aceitaria até mesmo um ou outro DLC expandindo a trama. O que? Não custa sonhar vai!

Nada

Por Durval Ramos

Final Fantasy 7

Eu não quero remake. Já joguei esses clássicos e é por isso que eles são clássicos: atemporais, e não precisam ser refeitos. Eu quero que esses putos peguem toda essa força de trabalho (e dinheiro) e me tragam algo novo. Eu quero algo inédito e que me surpreenda, como foi com The Last of Us, Life is Strange e Red Dead Redemption.

Parem de revirar o próprio lixo e sejam criativos.

Trilogia Crash Bandicoot

Por Ana Cruz

Crash Bandicoot

Se tem um remake que seria muito bem-vindo é do ex-mascote da Sony, nosso querido Crash. Os jogos que saíram para PlayStation eram divertidíssimos – cenários coloridos, fases desafiadoras, trilha sonora maneira e personagens carismáticos. Os poucos defeitos do primeiro jogo da franquia foram corrigidos nos dois seguintes, que são simplesmente fantásticos.

Muitos só ouviram falar no Crash, mas não tiveram a chance de jogar esse game quando nosso querido marsupial comedor de pêssego estava no auge. Então já que não é tão difícil trazer algo novo, acredito que um remake desses três primeiros jogos seria uma boa opção.

Valkyrie Profile

Por Diogo Fernandes

Valkyrie Profile

Dos RPGs que fizeram sucesso no PlayStation, junto aos Final Fantasys, Chrono Trigger, Legend of Legaia e entre outros que estão na nossa memória, e alguns desses lá devem ficar, um que é bastante lembrado pelos que puderam jogar, mas vejo ser pouco mencionado, é Valkyrie Profile. Mesmo sendo um dos RPGs mais bonitos dos 32 bits.

Se ele ainda é bonito nos dias de hoje, será que precisaria de um remake? Talvez não, mas algo assim serviria mais para tirar um pouco do gosto ruim do prequel para o PlayStation 2. A Square Enix, que está toda pimpona refazendo clássicos impossíveis, poderia também nos agraciar com ao menos uma sequência da história da serva de Odin, Lenneth e seus Einherjar, mantendo a jogabilidade simples, boa história (base psra isso tem de sobra na mitologia nórdica) e combates cheios de cutscenes em 1080p.

Mercenaries: Playground of Destruction

Por Felipe Demartini

Mercenaries

Se existe um jogo que joguei em meu PlayStation 2 quase tanto quanto Grand Theft Auto: San Andreas, com certeza, foi Mercenaries. O jogo de ação de mundo aberto coloca o jogador no centro de um conflito entre potências e permite que a gente brinque de verdade com o balanço de poder entre elas, completando contratos, caçando gente malvada e impedindo uma guerra nuclear.

Os alvos de grande importância eram as cartas de um baralho e as missões faziam com que o jogador migrasse de uma facção para a outra. Os resultados iam desde inimigos atacando você na rua – ou te ajudando em missões – até armas e itens mais baratos ou exclusivos. Na medida que o PlayStation 2 permitia, era como realmente estar em uma zona de conflito e a sensação de se estar influenciando nesse mundo fazia tudo ficar muito mais interessante.

A sequência, que chegou a sair para PlayStation 3 e Xbox 360, foi péssima, e infelizmente, o terceiro game foi cancelado junto com o fechamento do estúdio responsável, a Pandemic. Hoje, a marca está nas mãos da Electronic Arts, mas abandonada como tantas outras. Jogar Just Cause 2, com aqueles controles do Satanás, só me fez ter mais saudade de Mercenaries e pensar que, em uma época na qual tanto se valoriza jogos “locos e com muito tiro”, o game seria perfeito.

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