Nosso próximo indie é fogo! Wildfire é um game que mistura Stealth com controles térmicos. Como assim? É simples explicar, fácil de jogar, mas um jogo bem difícil.
Na demo, jogamos por duas fases: uma na floresta, de dia, e outra numa caverna, no breu. Como seu personagem não tem habilidade ofensiva alguma, você terá que usar da água e do fogo para poder passar pelos inimigos sem ser notado. O personagem tem o poder de controlar os dois elementos e consegue arremessar fragmentos elementais em ângulos ajustáveis – cabe a você saber usá-los de forma inteligente, para poder passar pelos divertidos desafios que lhe apresentam.
A fonte do poder é o próprio ambiente, então, se você não tiver água ou fogo por perto, prepare-se para ser silencioso.
Neste game, o fogo serve para espantar os inimigos, seja incendiando a grama, cipós, mas não para queimar os inimigos enquanto você se queima. A água serve para, além de apagar o fogo, emergir e recuperar suas queimaduras. Caso você use a água na própria água, surge um bloco de gelo para você subir e se apoiar, tornando-se uma superfície lisa, mas melhor que nada.
Mas não pense que basta ver uma tocha ou fogueira no cenário que você estará salvo, pois o poder de manusear água e fogo tem limitações de distância e altura. O personagem é pequeno e os elementos precisam estar ao alcance, o que é apontado por indicadores verdes e vermelhos na tela.
Os comandos são direcionais, botão esquerdo do mouse para pegar o elemental, Shift para correr e Espaço para pular, e respondem muito bem. Não achamos que o joystick terá uma jogabilidade melhor, pois Wildfire exige o ponteiro do mouse para obter os poderes e usá-los.
Os inimigos são inteligentes e a mira do arqueiro é fenomenal, por isso, é importante, além de não ser visto, não ser escutado, pois um simples peteleco dos inimigos pode matar. Ao cair no solo ou quando corre, o som é projetado em forma de círculo de alcance (como visto em Mark of the Ninja), por isso, é importante saber se mover. A grama é o lugar mais seguro, pois, além de não ser visto, não pode ser ouvido, pelo menos até que um incêndio estrague tudo.
A trilha sonora é ótima e efeitos sonoros são característicos dos 8 bits. Gosto muito de pixel art, mas em Wildfire, os personagens estão muito pequenos e o design dos inimigos iniciais é genérico. O game alcançou todas as metas no Kickstarter e seu criador, o australiano Daniel Hindes, já o tornou disponível no Steam Greenlight, onde também foi aprovado. Não é à toa: o game é viciante e, na versão completa, o personagem terá muito mais habilidades para manter-se intacto diante do fascinante desafio que esse conceito de jogo pode oferecer.
Só não brinque com fogo.