A aparição de Just Cause 3 na Brasil Game Show 2015, provavelmente, foi perdida por muita gente. Escondido no meio do estande da Microsoft, o game estava em apenas duas estações, uma dupla de notebooks em uma bancada, de frente para uma parede e praticamente sem filas durante todo o evento. Uma boa para quem o encontrava e queria conhecer o novo game, mas uma péssima para aqueles que foram à feira, curtem a franquia e podem nem mesmo terem uma oportunidade de conhece-lo.
A demonstração que a Square Enix levou para a feira era constituída de desafios, voltados para o jogador aprender os controles, conhecer o sistema de física do jogo e causar o máximo de destruição possível em um curto período de tempo. Um trecho exibe a principal novidade do título, o wingsuit, e pede que o jogador passe por anéis colocados no céu.
Aqui, temos o momento mais interessante da demonstração. Ao contrário de todo o restante da apresentação, o que vemos aqui é o trecho mais realista. Controlar o protagonista em voo não é fácil, com a força do vento e a velocidade sendo fatores determinantes. Tudo funciona base da sutileza e se você tem a mão pesada vai perder muito na utilização dessa nova mecânica.
Os outros trechos são mais baseados em destruição. Em um deles, o game coloca o jogador dentro de um pequeno tanque de guerra, que pode atirar sem parar contra outros veículos e estruturas. Dá para sentir um pouco do sistema físico do game, uma vez que até mesmo torres de concreto podem ser derrubadas, enquanto a tela é tomada por muitas partículas, faíscas, fogo e fumaça que ficam no rastro do personagem principal.
Em outro momento, porém, surgem os problemas. Just Dance 3 continua com aquela que, para mim, é sua principal falha: a ausência de um sistema de mira. Apenas um botão serve para atirar e o jogador deve estar sempre olhando para o alvo. O resultado são disparos um tanto quanto imprecisos e muitas vezes em que o personagem se explode ao dar um tiro no próprio pé ao explorar o cenário.
Na demo que estava disponível na Brasil Game Show, não existem encontros com inimigos, então, não foi possível saber se a mecânica de “esponja de balas” que permeia o combate contra eles na franquia também está por lá. Provavelmente sim, já que Just Cause 3 parece ser o mesmo de sempre, só que na nova geração.
O que é uma coisa boa. A fórmula parece continuar intocada, mas com o poder dos novos consoles, a Avalanche Software é capaz de fazer muito mais. Para os fãs, é tudo o que é necessário. Para o restante, talvez ainda não seja o game de entrada. Just Cause 3 chega em 1º de dezembro de 2015 para PS4, Xbox One e PC.