Mas calma lá, isso não significa que a empresa vai entrar de novo na guerra dos consoles. Muito pelo contrário, a ideia de seu novo presidente, Frederic Chesnais, é garantir que a marca se revitalize com base na nostalgia. E isso, segundo ele, vai além do simples lançamento de réplicas funcionais do Atari 2600 e seus cartuchos.
Em entrevista ao site Venture Beat, o executivo afirmou que, quando assumiu a companhia, viu bem de perto o resultado de uma gestão liderada por acionistas gananciosos que queriam apenas lucrar com a marca. Não vai ser o caso agora, já que segundo Chesnais, a ideia é transformar a Atari novamente em um nome lucrativo e associado às boas memórias dos jogos de 30 anos atrás.
Ele conta que a empresa encontra-se, atualmente, em contato com uma série de desenvolvedoras e parceiros para possíveis retornos de suas franquias clássicas dentro e fora do mundo dos games. Mas que isso, mais uma vez, será realizado não como uma maneira de trazer dinheiro fácil, e sim, realizado da maneira “correta”. Nada de merchandisings baratos ou tentativas pífias de lucrar em cima dos pixels que marcaram nossa infância.
Além disso, uma segunda estratégia é voltar a posicionar a Atari como uma marca de hardware, meio pelo qual ela ficou conhecida no passado. Mas para Chesnais, a ideia passa longe do desenvolvimento de um console para competir com a Sony, Nintendo ou Microsoft. Muito pelo contrário, a ideia é investir em artigos que voltem a transformá-la em referência.
Como exemplo, o CEO citou a possibilidade de lançamento de um relógio “gameficado”, que seria uma proposta exclusiva e que, na visão dele, cairia como uma luva ao mercado atual. A ideia, provavelmente, vem da onda das tecnologias vestíveis presentes na indústria mobile atual, com as funções de celulares cada vez mais sendo estendidas aos pulsos de seus usuários.
Mas logo depois de lançar essa ideia um tanto quanto inusitada, para dizer o mínimo, Chesnais já diz que não é exatamente isso que está nos planos. O que exatamente a Atari está pensando, pelo jeito, nem ele sabe. Mas pelo que parece, não vai ser desta vez que uma das empresas que praticamente criou os games como os conhecemos irá morrer.