Project Resistance é um dos jogos inéditos disponíveis na BGS 2019. Presente no estande de sua distribuidora nacional, a Warner, e também no da Microsoft, o game permite que os jogadores tenham acesso à mesma jogabilidade da recente Beta, com quatro jogadores na pele de sobreviventes contra um vilão no comando das criaturas da Umbrella. É, também, um game em que o desbalanceamento chama a atenção central, entre tantos outros problemas.
Já havíamos falado disso por aqui na Beta e a recepção negativa dos fãs já está amplamente demonstrada desde o anúncio. Quem pôde colocar as mãos em Resistance, entretanto, percebe que o que temos é mais do que apenas um jogo que caiu longe da expectativa dos fãs, mas também uma ideia que até poderia funcionar na franquia, mas está mal executada aqui.
Longe da interface poluída, da câmera próxima demais do personagem ou da jogabilidade confusa, o que mais depõe contra o jogo desenvolvido pela Capcom e pela Neobards é o desbalanceamento. Jogar de Vilão é muito mais fácil e divertido, o que faz com que as vidas dos sobreviventes se torne um verdadeiro inferno, principalmente se eles não souberem bem o que fazer. É muito simples matar o jogo logo nas primeiras telas, mesmo enfrentando mocinhos habilidosos.
Quem jogou Resident Evil 2 Remake ou tem intimidade com os monstros da franquia vai saber exatamente o que fazer de pronto, enquanto a vida dos outros não será assim tão simples. O que se percebe é que a jogabilidade do recente título de terror não parece se encaixar direito com a jogabilidade 4v1. Uma prova de que, como o nome já diz, esse é um projeto que parece ainda bem longe de um patamar final.
A Capcom diz que Project Resistance é um trabalho ainda em amplo desenvolvimento, e a nós, resta esperar que seja isso mesmo, mais do que isso, que o feedback dado em eventos justamente como a Brasil Game Show 2019 chegue a quem interessa, para que algo seja feito. Há potencial aqui, mas ele não está sendo nem um pouco aproveitado.
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