Em 2014, o Team Reptile, desconhecidos desenvolvedores holandeses, lançaram para PC um jogo meio obscuro que se assemelhava como a uma partida de queimada violenta ,como o Tekken Ball Mode do Tekken 3, dentro do universo do Jet Set Radio. O modo competitivo é parecido com Smash Bros, com apenas seis personagens super estilosos que deviam ir se aniquilando da arena acertando boladas nos concorrentes em cenários variados com trilha sonora estilosa. O que ninguém esperava é que o despretensioso jogo casual se tornaria uma modesta febre mundial e agora será lançado para os consoles PlayStation 4 e Xbox One.

Com uma jogabilidade bem simples e poucos botões, este indie se propagou como o novo vício do multiplayer, onde o objetivo é arrebentar os adversários dentro de um espaço reduzido com boladas em alta velocidade, muito parecido com uma brincadeira infantil muito popular, o fute-paulada (muda de nome em cada região do Brasil) onde o objetivo era ir eliminando os participantes que eram acertados e às vezes separar algumas brigas, o que não acontece no Lethal League. O jogo não tem modo história, só versus CPU, amigo local ou online.

Indiferente a ter um Story Mode, o background geral é: a Lethal League é um esporte mundialmente famoso que dará fama e muita grana aos vencedores. Os seis personagens são carismáticos e cada um tem seu estilo pop bem diferenciado e com a soma dos cenários, tudo fica bem “funky”!

Temos o jogador de baseball Raptor, que vai utilizar suas técnicas pra arrebentar qualquer um com seu bastão de ferro, podendo dar um giro duplo e arrebentar com vários adversários em uma tacada só.

Personagem mais clichê do jogo e parecendo ser o principal, é um moleque de 15 anos com visual de rebatedor e muita gana de vencer, confiando em suas habilidades e arrogância juvenil.

Switch é um robô skatista que fugiu de suas obrigações de escravo-mecanizado para se tornar uma lenda viva (?) da Lethal League. Seu visual é bem skater e usa seus reflexos robóticos para devolver bolas muito rápidas. Usa seu skate como bastão e para fugir de situações perigosas como os cantos de tela em bolas diagonais.

 

Candy Man é o mais esquisito, usando essa grande máscara amarela e se vestindo como um dândi, usa sua bengala como bastão e pode transformar a bola em Candy Ball, dando propriedades esquisitas a ela, iludindo os adversários. Sua pose e corrida são baseados no personagem Brook, de “One Piece”.

Única personagem mulher do jogo, Sonata é uma B-girl (garota que dança break, na cultura hip-hop) que quer ficar famosa usando sua marreta-boombox com muita determinação. Ela consegue colocar efeitos sonoros na bola tornando-a indefensável enquanto irradia ondas de áudio.

 

 

Personagem mais legal, na minha humilde opinião, Latch é um jacaré-ciborgue que usa a cauda e mandíbula pra lançar bolas em alta velocidade. Para compensar seu poder de engolir e cuspir a bola, tem o maior corpo do jogo tornando mais fácil acertá-lo.

 

 

O personagem que deveria ter um grande cabelo, Black Power é o jogador de Ping-Pong que tem a calma e o visual anti-social como sua marca. Sempre frio, consegue usar sua raquete para acertar bolas que ricocheteiam e não perdem a força, mesmo após acertar os alvos.

Os cenários vão desde o Velho Oeste, passando pela cidade, piscina vazia, manicômio e sobre vagões de trem, sempre num embalo musical muito estiloso e urbano. Tudo é desenhado de forma bem rude que parece ter sido feito no Paint ou um Cell Shadding cru, desde personagens até cenário.

Todas as partidas são estilo Arena e cada personagem tem os mesmos medidores de vida e barra de Super, tendo apenas a aparência e as Super Tacadas como diferencial. Os comandos são: rebatida, aparar bola, provocação e pulo. Ganha quem ficar com pelo menos 1 ponto de vida e os outros zero, por isso a estratégia de deixar os outros se matarem e depois você finalizar parece uma boa, mas o vitorioso é quem mais rebateu e eliminou adversários.

Divertido e fácil de jogar, Lethal League é uma boa pedida pra reunir vários amigos em casa, ou online, e interessante para quem não tem muita habilidade para jogos mais complexos e quer desfrutar boas partidas rebatendo na fuça dos camaradas bolas curvas de alta velocidade, obtendo inacreditáveis vitórias em um cenário que parecia perdido.

Algumas coisas que senti falta foi um Modo Arcade, com chefe final, para aumentar a experiência do jogador solo, e mais diferenças nas habilidades entre os personagens. Entretanto, nada que tire o brilho deste indie super divertido!

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