Desde Tenchu, para o primeiro PlayStation, nenhum outro jogo de stealth e ninjas foi destaque. Isso até chegarmos ao ano de 2012, quando a Klei Entertainment lançou sua obra-prima para Xbox 360 e Steam: Mark of the Ninja. Publicado pela Microsoft, o game conta a história de um jovem ninja que teve tatuada em suas costas figuras típicas orientais, como dragões e carpas. O poder não vêm do clichê do tema, e sim, da tinta especial que foi retirada de uma planta exótica, que gera muitos conflitos ao redor do mundo. É para obter tais segredos que um certo exército high-tech sequestra seu mestre, e você parte para a luta para impedir isso.

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Indo muito além de qualquer outro jogo stealth, incluindo os clássicos Metal Gear Solid e Splinter Cell, Mark of the Ninja é um jogo indie 2D que abusa da criatividade de seus idealizadores para nos trazer representações incríveis de sons e luzes, tornando a imersão no mundo da espionagem e assassinatos uma experiência muito divertida e empolgante. Cada avançar de cenário nos dá uma ansiedade boa sobre qual peripécia teremos que fazer para sobressair em situações aparentemente impossíveis. Mas nós temos as artes marciais, cabos ninja, dardos de bambu, envenenados, bomba de fumaça e muito, muito mais!

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Mas não pense que o foco do jogo é apenas passar pelos inimigos sem ser percebido. Por mais que exista a “conquista” de se passar pela fase sem matar um oponente sequer, o objetivo real são assassinatos stealth, e não pense que são poucos. O personagem conhecido apenas como “marked ninja” não é muito forte fisicamente, por isso, não pense que golpear soldados armados vai te levar longe – você precisa pensar como um ninja e agir como tal. Cada ponto do cenário pode ser usado para armar emboscadas de todo tipo, desde as mais simples, como arremessar um dardo em uma lâmpada ou algo que faça barulho. Quando o inimigo virar-se, você chega por trás e, se corresponder ao comando corretamente, surge uma animação de assassinato perfeito. Se errar, o imperfeito faz barulho e…

O jogo é todo em 2D e traz gráficos em HD com um traço simples de cartoon. A trilha sonora é ótima e como se os visuais já não fossem ótimos o suficiente, o ambiente dark e perigoso fica perfeito para levar o game a sério. As cutscenes são animações bem legais e estão espalhadas pelo jogo todo. Existem poucas fases, mas com todos os features que o game tem, o fator replay é elevado. Além disso, o game teve um update em 2013 e pode-se jogar com o ninja em roupas normais, com a tatuagem à mostra e usando seu total poder, ou em um traje mais avançado, onde os sons dos passos são sufocados, mas dispensa-se a espada e somente é possível carregar itens de distração.

Se você achou Mark of the Ninja familiar, certamente deve ter se lembrado do recente Assassin’s Creed Chronicles China, lançado neste ano. Eu considero um plágio, desde o conceito de gameplay até os indicadores de sons, visão dos inimigos, missões e de energia. Certamente, muito mais claro e leve, não chegando nem aos pés deste título, que é mais uma obra-prima da Klei, assim como Don’t Starve e sua expansão, Don’t Starve Together. Se os jogos do da série Batman Arkham te faz sentir-se o Batman, este jogo te fará sentir-se um ninja!

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